(23/10/20)
A editora 34 lança uma nova edição da biografia de Baden Powell, escrita por Dominique Dreyfus. A reedição de O violão vadio de Baden Powell, revista e ampliada, sai no ano em que se completam 20 anos da morte do músico brasileiro.
O livro acompanha toda a vida e obra do violonista falecido em 2000, com destaque para as suas temporadas europeias, documentadas por Dreyfus, jornalista francesa apaixonada por música brasileira e amiga de Powell.
Nascido em Varre-e-Sai (RJ), em 1937, e criado no subúrbio carioca de São Cristovão, Baden Powell foi aluno de Meira, do Regional do Canhoto, e ainda menino passou a se apresentar no rádio e acompanhar ao violão grandes cantores da época. Frequentou o Beco das Garrafas e em 1960 conheceu aquele que seria seu grande parceiro, Vinicius de Moraes, com quem gravaria um dos discos mais marcantes da MPB, Os afro-sambas, em 1966.
Convidado para o célebre show da bossa nova no Carnegie Hall, em 1962, não pôde ir. Acabou trocando a passagem de Nova York para Paris e embarcou em 1963 rumo à Europa.
Na contramão dos bossanovistas que se radicaram nos Estados Unidos, o músico fez toda a sua carreira internacional na França e na Alemanha. Com um repertório amplo, que vai do samba ao clássico, do popular ao jazz, e que inclui composições próprias como Samba da bênção (com Vinicius) e Lapinha (com Paulo César Pinheiro), Baden é reconhecido como um dos maiores instrumentistas do século 20.