🔓 “Dez dias num hospício”, de Nellie Bly, ganha nova edição

Textos de uma pioneira do jornalismo investigativo denunciam absurdos do “asilo de lunáticos de Blackwell’s Island”, em Nova York, no século 19
Nellie Bly, autora de “Dez dias num hospício”
03/08/2021

Para escrever as reportagens reunidas em Dez dias num hospício, lançado pela Fósforo, Nellie Bly (1864-1922) — pioneira do jornalismo investigativo — se infiltrou no “asilo de lunáticos de Blackwell’s Island”, em Nova York, no século 19.

Em um conjunto que segue atual ao denunciar os abusos e absurdos cometidos em manicômios, a norte-americana de 23 anos enganou médicos, policiais e juízes para ter acesso à incompetência desse local que deveria cuidar das pessoas mentalmente fragilizadas.

“Desde o momento em que entrei no hospício da ilha, não fiz nenhum esforço para me manter no suposto papel de louca. Falei e agi exatamente como faço no meu dia a dia. Por incrível que pareça, quanto mais eu agia e falava com lucidez, mais louca me consideravam”, descreve a autora, que foi convidada pelo jornal World para fazer o relato.

Nellie Bly — pseudônimo de Elizabeth Cochran Seaman — nasceu em 1864, nos Estados Unidos. Foi jornalista, presidente de uma indústria siderúrgica e registrou 25 patentes de vários produtos, conforme informações de Patrícia Campos Mello no prefácio. Morreu em 1922, tendo conquistado o status de celebridade, em Nova York.

Dez dias num hospício
Nellie Bly
Trad.: Ana Guadalupe
Fósforo
112 págs.
Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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