🔓 Companhia das Letras adquire parte da JBC, referência em mangás

A Japan Brazil Communication é responsável por sucessos editoriais como “Cavaleiros do Zodíaco”, “Death Note” e  “My Hero Academia”
O mangá “Death note”, um dos sucessos editoriais da editora JBC
19/03/2022

A Companhia das Letras anunciou que adquiriu 70% do controle da JBC (Japan Brazil Communication), editora referência em mangás no mercado editorial brasileiro. Em 2011 parte da Companhia das Letras foi comprada pela Penguin Random House, o maior conglomerado editorial do mundo. Desde então, editoras como Objetiva e Alfaguara foram incorporadas ao grupo — adquiras em uma transação com a espanhola Santillana.

Com a chegada a JBC o Grupo Companhia das Letras passa a publicar 20 selos editoriais, entre adultos, juvenis e infantis.

Fundada em Tóquio, em 1992, com o objetivo de diminuir a distância cultural entre o Japão e o Brasil, a casa criada pelo imigrante japonês Masakazu Shoji começou suas atividades no Brasil três anos depois, com a supervisão de suas filhas Luzia e Marina, que após a fusão com a Companhia das Letras continuarão a dirigir a JBC comercial e editorialmente.

A JBC iniciou a publicação de mangás no começo dos anos 2000. De lá para cá, foram mais de 200 títulos lançados, entre eles grandes sucessos mundiais como Card Captor Sakura, Samurai X, Cavaleiros do Zodíaco, Akira, Fullmetal Alchemist, Haikyu!!, Death Note, entre outros. A coleção de My Hero Academia, uma das mais populares da editora no momento, já atingiu a marca de mais de 600 mil exemplares vendidos no mercado brasileiro.

“Os mangás têm uma presença cada vez mais forte na cultura contemporânea e a chegada da JBC, uma referência na categoria, aumenta a nossa diversidade literária”, disse em nota o fundador e CEO da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz.

Marina Shoji, diretora-geral da JBC, afirma que “estamos vivendo uma fase muito positiva no mercado brasileiro, tanto no segmento de mangás licenciados quanto no de obras nacionais, e sentimos a necessidade de procurar alternativas que nos permitissem aproveitar essa oportunidade da melhor forma, principalmente por conta dos novos desafios que vêm se apresentando como consequência da pandemia de COVID-19.”

Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

Rascunho