A poeta carioca Luiza Mussnich está lançando seu quinto livro, chamado Tudo coisa da nossa cabeça e editado pela 7Letras. Na obra, Luiza apresenta uma sequência de listas: são 29 poemas ou listas poéticas. Em uma investigação sobre a imaterialidade das coisas, a poeta inicia o volume com uma inusitada lista de 20 epígrafes.
Olhando para as minúcias, a autora amplia interpretações, brinca com opostos, sugere imagens e cria camadas de significados. Mesmo nos poemas-listas, aparentemente, banais, tal como “coisas para fazer numa festa”, tenta descobrir a poesia “das coisas mais ordinárias”.
Tudo coisa da nossa cabeça era para ser inicialmente uma série dentro de um livro de poesia maior. No entanto, a pandemia fez a poeta refletir sobre os escritos. “Mas eu achava que a série das coisas estava pronta — só que ainda sem nome”, diz Luiza.
“O título surgiu um dia, conversando com uma amiga, quando ela suspirou e disse: ‘será que é tudo coisa da minha cabeça?’. Esta expressão, absolutamente coloquial, me fez pensar sobre esse limiar entre o que acontece na realidade, no mundo físico, e o que acontece na nossa cabeça, no mundo da fantasia.”, explica a poeta.
No texto de orelha, Aline Bei define a obra como “um Livro que se equilibra na busca e assim constrói o seu castelo”.
Jornalista com especialização em Escrita Criativa pela PUC-Rio, Luiza Mussnich publicou os livros de poesia Microscópio (2017), Lágrimas não caem no espaço (2018) e Para quando faltarem palavras (2018), todos pela 7Letras.
Em 2018, participou, com Pêndulo, da coleção de contos Identidade, da Amazon Brasil, ao lado de outros 29 autores nacionais contemporâneos, e da coletânea de textos ficcionais para a edição político-literária da revista Época, em outubro de 2018, com o poema Berlim.
Luiza colaborou com as revistas Piauí, 451 e Vogue Brasil. Entre 2013 e 2015, trabalhou com roteiro, pesquisa e produção da série Entre Fronteiras — África, do documentarista Luís Nachbin.