🔓 Brasileiro Celso José da Costa vence Prêmio LeYa 2022

“A arte de driblar destinos” é o segundo romance do autor, que nasceu no Paraná e é professor de matemática; ele vai receber 50 mil euros
O escritor Celso José da Costa, que venceu o Prêmio LeYa 2022
27/10/2022

Pouco conhecido no cenário literário, o matemático brasileiro Celso José da Costa, de 73 anos, venceu o Prêmio LeYa 2022 com seu segundo romance, A arte de driblar destinos. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (26), na cidade portuguesa de Alfragide. Ele vai receber 50 mil euros —  o Prêmio LeYa é o maior prêmio literário para romances inéditos em língua portuguesa.

Criada em 2008, a premiação tem como objetivo revelar novos talentos da língua portuguesa. Na última edição, em 2018, o vencedor foi Itamar Vieira Junior, com Torto arado, que se tornou um best-seller no Brasil.

Celso José da Costa nasceu no Paraná, em 1949, e é matemático, com doutorado sobre geometria diferencial. Premiado de forma unânime, A arte de driblar destinos foi descrito pelo juri, presidido por Manuel Alegre, como uma “saga familiar que reflete muito bem, com ritmo e vivacidade, o mundo social do interior do Brasil”.

A narrativa traz à tona o processo de educação de um jovem em contextos nem sempre fáceis, e joga entre o pícaro e o trágico. Entre o que o júri descreve como “qualidades” do livro, estão “a forma como se organiza a estrutura romanesca e a limpidez da narrativa que nos permitem seguir um mundo de ‘estoreas’ que nos obrigam a seguir a leitura como se ouvíssemos a voz e as vozes que por ela perpassam”.

O Prêmio Leya é direcionado a obras de ficção originais e inéditas. Nesta edição, o prêmio teve 218 participantes de países como Portugal, Alemanha, Brasil, Espanha, Holanda, Inglaterra, Japão, Moçambique e Polônia.

Confira todos os vencedores do Prêmio LeYa:

O rastro do jaguar, de Murilo Carvalho (2008)
O olho de Hertzog, de João Paulo Borges Coelho (2009)
O teu rosto será o último, de João Ricardo Pedro (2011)
Debaixo de algum céu, de Nuno Camarneiro (2012)
Uma outra voz, de Gabriela Ruivo Trindade (2013)
O meu irmão, de Afonso Reis Cabral (2014)
O coro dos defuntos, de António Tavares (2015)
Os loucos da rua Mazur, de João Pinto Coelho (2017)
Torto arado, de Itamar Vieira Junior (2018)
As pessoas invisíveis, de José Carlos Barros (2021)

Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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