🔓 Balada Literária homenageia Geni Guimarães e Eliane Potiguara

O evento acontece de 17 a 21 de novembro, de forma online, reunindo autores como Carola Saavedra, Daniel Munduruku, Lourenço Mutarelli e  Paulo Scott
As autoras Geni Guimarães e Eliane Potiguara, homenageadas da Balada Literária 2021
10/11/2021

Desde a primeira edição, realizada em 2006, a Balada Literária se caracterizou por jogar luz em nomes que, por motivos diversos, estão fora do circuito literário ou à margem do mercado editorial. Ao completar 16 anos, o evento criado por Marcelino Freire homenageia as autoras Eliane Potiguara e Geni Guimarães, além do coreógrafo Marcelo Evelin e da atriz Vera Lopes.

O evento, em formato virtual transmitido pelo Youtube, acontece de 17 a 21 de novembro e terá alguns encontros gravados realizados com presença de público. A programação completa está no site oficial do evento.

Neste ano, o objetivo da Balada Literária é descentralizar ainda mais, destacando a arte de todo o território do Brasil. E dialogando também com artistas de Angola e Moçambique, em parceria com o Centro Cultural Brasil em Angola, e a participação, em Maputo, do coletivo Poetas D’Alma.

A edição da Balada 2021 promoverá debates, apresentações artísticas e a exibição do documentário Uma aldeia em mim, dirigido por Alberto Alvares que conta a trajetória de Eliane Potiguara, uma das homenageadas da festa.

Também haverá a transmissão do espetáculo Zumbizando — Um Recital Negro, com a autora Geni Guimarães e familiares, em Barra Bonita, interior de São Paulo, cidade em que vive a homenageada.

Neste ano, o evento une as três cidades em uma única edição: Teresina, Salvador e São Paulo. Mas também há atrações que acontecem direto de outras cidades, como Brasília, com show da cantora Fernanda Jacob, e Buenos Aires, de onde a cantora e poeta trans Suzy Shock realiza uma intervenção inédita.

A comunidade LGBTQIA+, sempre presente nas edições, terá um horário só dela com a atração Na Hora do Almoço, sempre ao meio-dia, com participações de Valéria Barcellos, Divina Valéria, Ed Marte e Renato Negrão.

A música, parte essencial da Balada Literária, traz para a programação a jovem cantora e compositora Heloisa de Lima, com composições a partir do texto de poetas negras da atualidade e, direto de Boa Vista, Roraima, o encerramento será com o show da banda indígena Kruviana.

A curadoria e criação da Balada Literária, que tem o patrocínio do Itaú Social, são do escritor Marcelino Freire, com a parceria de Wellington Soares, no Piauí, e Nelson Maca, na Bahia. Para essa edição 2021, foram convidadas para a curadoria a escritora macuxi Julie Dorrico, assim como Camila Araújo, Carine Souza e Juliane Sousa, do coletivo Mulheres Negras na Biblioteca.

Histórico
A Balada Literária nasceu em 2006. Foi durante uma edição da Festa Literária Internacional de Paraty que o escritor Marcelino Freire resolveu fazer a própria festa, tomando como inspiração e referência a Vila Madalena, em São Paulo, bairro em que ele reside há quase três décadas.

O pernambucano mobilizou livreiros, donos de bar, donos de sebo, escritores e escritoras e fez uma primeira edição modesta, sempre reunindo autores de todos os gêneros sexuais e literários, nacionais e internacionais.

Confira quem já foi homenageado pela Balada Literária

Glauco Mattoso (2006)
Roberto Piva (2007)
Tatiana Belinky (2008)
João Silvério Trevisan (2009)
Lygia Fagundes Telles (2010)
Augusto de Campos (2011)
Raduan Nassar (2012)
Laerte (2013)
Carolina Maria de Jesus e Plínio Marcos (2014)
Suzana Amaral (2015)
Caio Fernando Abreu (2016)
Torquato Neto (2017)
Alice Ruiz e Itamar Assumpção (2018)
Paulo Freire (2019)
Geni Guimarães (2020)
Eliane Potiguara e Geni Guimarães (2021)

Rascunho

O Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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