ApĂłs ficar duas semanas internado e ter passado por uma cirurgia, nesta quinta-feira (13) pela manhĂŁ, aos 97 anos, faleceu o poeta mato-grossense Manoel de Barros, em decorrĂŞncia de falĂŞncia de mĂşltiplos ĂłrgĂŁos.
Manoel de Barros nasceu dia 19 de dezembro de 1916, em Cuiabá (MT).
Lançou seu primeiro livro em 1937, Poemas concebidos sem pecado.
Também advogado e ex-fazendeiro, o reconhecimento de sua obra chegou bem cedo, em 1960, quando foi agraciado com o Prêmio Orlando Dantas, conferido pela Academia Brasileira de Letras, pelo Compêndio para uso dos pássaros. Já com Gramática expositiva do chão, venceu o Prêmio Nacional de Poesias em 1966 e o Prêmio Fundação Cultural do Distrito Federal, em 1969. Dentre outros, também já recebeu o Prêmio Nestlé de Poesia, com o Livro sobre nada e um Prêmio Jabuti, por O fazedor de amanhecer. Em 2013, aconteceu a celebração de posse oficial do poeta como acadêmico da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, em decisão unânime.
Seus livros já foram publicados em Portugal, Espanha, França e Estados Unidos.
Sob o tĂtulo A biblioteca de Manoel de Barros, a editora Leya publicou a obra individual completa do poeta, que conta com os tĂtulos: Poemas concebidos sem pecado; Face imĂłvel; Poesias; CompĂŞndio para uso dos pássaros; Gramática expositiva do chĂŁo; MatĂ©ria de poesia; Arranjos para assobio; Livro de prĂ©-coisas; O guardador de águas; Concerto a cĂ©u aberto para solos de ave; O livro das ignorãças; Livro sobre nada; Retrato do artista quando coisa; Ensaios fotográficos; Tratado geral das grandezas do Ănfimo; Poemas rupestres; e Menino do mato — incluĂdos neste volume Escritos em verbal de ave [2011] e o inĂ©dito A Turma [2013].
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