O romancista Antônio Torres foi eleito ontem (7) pela Academia Brasileira de Letras (ABL) o novo ocupante da Cadeira nº 23, que já pertenceu a Jorge Amado, Machado de Assis e, recentemente, ao jornalista Luiz Paulo Horta, falecido este ano. Torres obteve 34 dos 39 votos possíveis.
Escritor baiano, nascido em 1940, Torres estreou na literatura em 1972 com o romance Um cão uivando para a lua (Record). Hoje, entre os seus 17 títulos publicados, destaca-se a trilogia formada por Essa terra (1976), O cachorro e o lobo (1997) e Pelo fundo da agulha (2006, Prêmio Jabuti). Em 1998, foi condecorado pelo governo francês como Chevalier des Arts et des Lettres por seus livros traduzidos na França. Dois anos depois, recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. No ano seguinte, ganhou o Prêmio Zaffari & Bourbon, da 9ª Jornada Nacional de Literatura, da Universidade de Passo Fundo (RS), pelo romance Meu querido canibal. Seus livros focam cenários rurais, urbanos e da História, e têm traduções em países como Argentina, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália e Israel.