A Record entregou, durante a Flip, o Troféu Recordista de Prata a Ana Maria Gonçalves. A distinção é concedida aos autores nacionais que vendem mais de 100 mil exemplares de um único título.
O reconhecimento à obra de Ana Maria Gonçalves é especialmente significativo. A autora, que acaba de se tornar a primeira mulher negra eleita para a Academia Brasileira de Letras, atingiu essa marca com Um defeito de cor. Com mais de 180 mil exemplares vendidos, o livro venceu o Prêmio Casa de las Américas e foi enredo da Portela no Carnaval de 2024, demonstrando sua força cultural e alcance popular.
A obra, um marco da literatura contemporânea brasileira, tem sido fundamental para ampliar o debate sobre memória, escravidão e identidade, recontando a história nacional sob uma perspectiva negra e feminina.
Romance histórico de fôlego, Um defeito de cor narra a vida de Kehinde, mulher africana sequestrada e escravizada no Brasil do século 19. Inspirada na figura de Luísa Mahin, a narrativa atravessa temas como tráfico negreiro, resistência, maternidade e luta por liberdade, revelando a história do país a partir de uma perspectiva negra, feminina e crítica.
Inspirado na indústria fonográfica, o prêmio Recordista celebra 25 anos. O Recordista de Ouro é entregue aos autores que alcançam 200 mil cópias e o de Platina, aos que superam 300 mil. Desde sua criação, já foi concedido a 27 livros de 16 autores. Em 2024, Carla Madeira e Elayne Baeta foram as contempladas.