A contista canadense Alice Munro, 82, é a vencedora do Prêmio Nobel de Literatura deste ano. O anúncio foi feito pela Academia Sueca nesta quinta-feira (10), após dias de especulação em que Munro figurava como favorita ao lado do norte-americano Philip Roth e do japonês Haruki Murakami.

“Mestre do conto contemporâneo” é como autora passa a ser conhecida. Munro trata de temas como a vida em cidades pequenas, relacionamentos intrincados e a precariedade da existência (leia resenha de Felicidade demais). Laureada com os principais prêmios literários em seu país e traduzida para mais de dez idiomas, a escritora afirmou em 2012, em uma entrevista a The New Yorker, que durante anos achou que os contos eram apenas um exercício, até que tivesse tempo para escrever um romance. A narrativa longa nunca veio, mas sua técnica no conto lhe rende comparações a Tchekhov.

Em 2013, após a publicação de Dear life, seu 14º. livro de contos, a autora havia anunciado planos para se aposentar.

No Brasil, Munro tem quatro livros editados: O amor de uma boa mulher, Felicidade demais, Fugitiva (publicados pela Companhia das Letras) e Ódio, amizade, namoro, amor, casamento, que será relançado pela Globo Livros em dezembro. A editora também publicará, a partir de 2014, as obras Selected stories (1996), Runaway (2004) e The view of castle rock (2006), pelo selo Biblioteca Azul.

Em 2012, o chinês Mo Yan venceu o Nobel de Literatura, antecedido pelo poeta sueco Tomas Tranströmer, em 2011; pelo peruano Mario Vargas Llosa, em 2010; e, em 2009, pela escritora e ensaísta romena Herta Müller. O prêmio de aproximadamente US$ 1,2 milhões é concedido anualmente pelo conjunto da obra.