Dezoito anos após o lançamento de Matias na cidade, o romance de estreia de Alexandre Vidal Porto ganha uma nova edição, revista pelo autor. A nova versão partiu de um processo de reescrita, que mudou a estrutura do romance e acrescentou um novo capítulo. Segundo Alexandre Vidal Porto, trata-se de seu romance mais importante e a vontade de reeditá-lo o acompanhou por muitos anos.
“O livro é sobre um cafajeste e a covardia deste. É um pequeno ensaio sobre a covardia”, afirma Porto. A obra reflete muito sobre a instituição do casamento e as mentiras e ilusões que podem estar contidas nos relacionamentos, sobre morte, masculinidade e sexualidade, entre outros temas.
Matias Grappeggia tem quase cinquenta anos. É casado, mas solitário; saudável, mas hipocondríaco; mulherengo, mas incapaz de se conectar. Com essa vida sempre muito previsível, não se espera que esse advogado bem-sucedido se arrisque em mais nada.
Contudo, quando Matias se encontra à beira de uma revelação amoroso-religiosa, ele percebe que precisa fazer uma escolha definitiva. Percorrendo a cidade de São Paulo durante quatro dias, o advogado revive parte importante de suas memórias, mas também escancara seus desejos mais íntimos.
A busca da conexão, do amor e da identificação com o outro é o tema deste primeiro romance de Alexandre Vidal Porto, publicado originalmente em 2005.