O poeta e jornalista Ademir Assunção está lançado três novos livros de forma simultânea. As edições fazem parte dos festejos dos 60 anos de vida do escritor nascido em Araraquara, no interior paulista.
Risca faca, lançado pelo selo Demônio Negro, traz o poeta ocupado com reflexões sobre a vida e a morte, as absurdas desigualdades da sociedade brasileira e o próprio fazer poético, com sua linguagem marcada pela musicalidade e imagens fortes.
O prefácio da obra traz texto de Geraldo Carneiro, letrista, poeta e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). “Ademir Assunção é um poeta para todas as eras. Fazedor e admirador da poesia em todas as suas facetas (e falsetas, em geral, cheias de humor): a música, a plasticidade, o logos. Faz com que todas convivam em consonância. Ou dissonância, que é a sonoridade mais comum da vida”, diz trecho do texto.
Já em Um nome escrito no vento, com tiragem de apenas 360 exemplares e composto com tipos móveis e costura manual, Assunção mira seus versos, de forma irônica, na ideia de autobiografia, desconstrói a passagem do tempo e traça um retrato contemporâneo do Brasil. A edição traz texto do escritor Sebastião Nunes.
O terceiro livro mostra a faceta jornalística de Assunção, que acumula mais de três de atuação na imprensa brasileira. Deus salve a rainha e evite engarrafamentos — Textos de jornalismo cultural reúne as melhores reportagens, perfis, resenhas e textos inclassificáveis do autor, publicados em diversos jornais e revistas, como O Estado de São Paulo, Marie Claire, Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo.
Os textos vão dos bastidores de uma turnê da banda Titãs pelo Nordeste ao perfil do poeta Mario Quintana, passando pela fantástica história de Jacqueline Galiaci, a primeira transexual latino-americana a fazer cirurgia de mudança de sexo, e do inusitado encontro do sambista Bezerra da Silva com o rapper Thaíde.
Com 17 livros publicados, entre poesia, prosa e jornalismo, Ademir Assunção venceu o prêmio Jabuti com coletânea de poemas A voz do ventríloquo, publicada em 2012.