A crÃtica ao progresso na História é a ideia de Mundo, de Walter Benjamin, que mais faz sentido para Maria João Cantinho nos dias que correm. Segundo Benjamin, a História é descontÃnua, marcada por perÃodos de maior ou menor barbárie, mais ou menos catastrófica, mas é cÃclica e vê-la como um progresso contÃnuo da humanidade é uma falsificação do olhar histórico. Para Cantinho, estudiosa do pensador alemão, a prova disso se dá ao olhar para o retrocesso na Europa por conta da crise econômica e a sua propagação nociva à s Américas populistas de Trump e Bolsonaro, e a outros cantos do planeta, onde conquistas sociais importantes foram destruÃdas. Mas enquanto houver poesia (há quem acredite que a arte, no geral, e a poesia, em particular, pode nos salvar), há pelo menos uma sublimação, através da palavra, deste sentir o Mundo: (…) E nada sei dessa grandiloquência// dos homens, das suas promessas// e dos gestos que traem o coração,// dessa palavra ou excesso que mata//a perfeição circular do instante. (…) (do livro Do Ãnfimo, de Maria João Cantinho).
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