É sempre complicado escrever sobre alguém que admiramos. As palavras brotam, uma a uma, embaladas pelo ritmo do coração, e a objetividade, nesse sentido, torna-se turva. Mas correndo o risco de ser pouco preciso, admiro Andréa Zamorano por dois motivos que aparentemente não se tocam: sorriso e revolta. Ela tem um sorriso que nos abraça, nos aconchega e que também tem o poder de nos deixar bem-dispostos com a vida. Mas a generosidade do sorriso se metamorfoseia ao se deparar com alguma injustiça. Ela é incapaz de se calar, de virar a cara, de fazer de conta que está tudo bem. Talvez por isso, eu veja nela algo de Marielle, iguais a muitas outras marielles que não se calam. É esta a Andréa que mora nos meus olhos.
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