Segundo retorno ao México

Conto inédito de Paloma Vidal
Ilustração: Marcelo Frazão
01/11/2023

Antes de viajar decido comprar sapatos novos para a festa de M.G. Quero uns sapatos de salto alto, que deixem minhas pernas alongadas, e que sejam também confortáveis. Quase todos os sapatos arrumados que eu tenho foi minha irmã quem me deu. Às vezes acho que ela compra sapatos pequenos para ela só para me dar em seguida, com a desculpa de que ficaram apertados. A única desvantagem disso é que quando acontece de eu precisar de sapatos e ter de comprá-los eu mesma, estando ela agora em outro continente, não sei escolher. Arrumados demais, arrumados de menos, couro bom, couro duro, sintético, se a cor vai combinar ou não, se vou enjoar deles rápido, se vão combinar com outras roupas, se vou ter ocasiões de usar — são muitas as variáveis. A indecisão me oprime. Tenho medo de fazer a escolha errada e estragar as coisas. Minha primeira reação quando minha irmã me dá um sapato de presente é dizer que não é meu estilo; ela, frontal, me responde: “Se estivessem nos meus pés, você ficaria com inveja, então usa”. Eu uso.

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Na verdade eu não sei qual seria “meu estilo”. Então cá estou eu, indecisa, na sapataria, porque no meu segundo retorno ao México quero andar com sapatos novos.

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Por mais que eu não admita imediatamente, a viagem tem motivação dupla: vou à festa de 90 anos de M.G. e vou me encontrar com você. A quem pergunta, falo do primeiro motivo, e se a conversa se alonga, então, quem sabe, chego ao segundo. Por quê? Porque ser amiga de M.G. Pausa. “Ser amiga de M.G.” Quando eu a conheci, há vinte anos, escrevi em um bilhete de agradecimento: “De sua tradutora e amiga”. Ela o leu em voz alta, e depois riu, irônica. Um amigo gosta de me dizer que a ausência de paranoia em mim me torna insuportável e irresistível, como se eu fosse uma espécie de paranoica invertida, que sempre acha que vai ser amada por todo mundo. Se era uma obviedade que eu não era amiga de M.G., para mim não era nada óbvio que eu não pudesse vir a ser. Aquele bilhete era uma espécie de pedido, desarmado e ingênuo, como os que fazia na infância às meninas que eu amava.

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“Ser amiga de M.G.” — ainda hoje, vinte anos depois, ela com certeza rirá de mim ao ler isso.

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45 anos e mais de 7.000 km separam meu nascimento do dela. Ainda bem que amizades não se medem assim. Talvez sejam sem medidas. Entre mulheres, são feitas de amor e inveja. Leio na orelha de um livro da época em que nos conhecemos: “Nascida na cidade do México, Margo Glantz é escritora, professora, jornalista, tradutora”. Depois há listas de livros e prêmios. O que atinge meu coração ainda hoje, e atingiu já naquele momento, é o olhar da foto. “Frontal”, eu ia escrever, é o que me vem, mas não vou repetir o adjetivo que usei para minha irmã, embora haja algo que se repete, sem ser totalmente igual. É difícil dizer tudo o que há nesse olhar para mim, algo que tem a ver com uma coragem, com um poder dizer, com todas as letras, certas coisas. Essa que me olha está prestes a me dizer algo que vai me abalar, e esse abalo vai me fazer começar a escrever.

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Na sapataria, explico para a vendedora que vou viajar, e que na viagem haverá uma festa. Então, combinando as duas informações, ela me sugere uns sapatos pretos, “comfort”, com uma palmilha acolchoada, e salto quadrado, firme. São de couro sintético. São ecológicos. São baratos. Perfeito, digo, diante do espelho, alongando as pernas, sem pensar no que minha irmã diria, mesmo porque esse pensamento me levaria a um beco sem saída, incapaz de prever se ela aprovaria minha escolha. Também não pensarei nela enquanto ando descalça pela Colonia Roma, com os sapatos na mão, concentrada menos em não machucar os pés do que em conter os danos de algo que não consigo entender. Isso será depois, e sobre isso, sim, sei muito bem o que minha irmã diria.

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Na capa do livro de M.G. que eu vou começar a traduzir depois do segundo retorno ao México, há uma perna alongada com um sapato preto elegante, de salto, mas não quadrado como o meu. Se eu tivesse lembrado da capa na sapataria, certamente não teria escolhido os sapatos que escolhi, não tão elegantes, e no fim das contas, nada confortáveis. Teria ido, em homenagem a ela, com um vestido vermelho e um sapato preto de salto agulha, como na capa. Acho que ela teria achado engraçado. Agora já estou de volta. Tudo já aconteceu. Resta traduzir. E começar a escrever este texto. A imagem da capa é do pintor rosarino Daniel García. Ela é perfeita e o nome do pintor também. Parece uma invenção de M.G. para que, ao abrir o livro, aconteça a conexão com o nome da protagonista de todos os contos: “Como a senhora se chama?” “Nora García”. Fui eu que decidi traduzir este livro dela e não outro, quase vinte anos depois de ter traduzido Apariciones. Escolhi porque nele aparece Nora, alterego de M.G. a partir dele. Escolhi pelo título, Zona de derrumbe, tão compacto na imagem do risco iminente de que algo vá por terra. Só que o título é um problema de tradução. Faço algumas buscas. Aparecem deslizamentos, desmoronamentos, desabamentos. A placa na estrada diz: “área com desmoronamento”. Pode dizer também: “risco de desabamento”. O salto alto da capa sob o título em espanhol agora só me faz pensar em você.

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Tenho inveja da sua memória. Tenho inveja da memória dela. Você me diz que, no seu caso, é só uma técnica. Gostaria que você me ensinasse, mas sem que eu tivesse que pedir. Eu achei que a aprendizagem, entre nós, poderia ser um jeito diferente de amar. Eu te ensinaria, você me ensinaria, no sentido que tem em espanhol a palavra “enseñar”, em alguns países, como no México, em que é simplesmente “mostrar”. Eu queria que aprender com você fosse isto: ver juntas. Pegamos o ônibus para a Colonia Roma, um bairro em que nem eu nem você nunca tínhamos estado. Você veio ao México a trabalho há pouco tempo. Eu vim já faz alguns anos, para vê-la. Não nos conhecíamos quando essas outras viagens aconteceram e cada uma tem seu próprio mapa da cidade. Veremos esse bairro juntas pela primeira vez. Eu estou com meus sapatos “comfort”, porque antes passamos pela homenagem a M.G. Você, não importa a ocasião, está de tênis. A gente ri disso. Eu me refiro ao seu “estilo”. Você diz que não sabe do que estou falando. O estilo é sempre dos outros: um cabelo curto com uma incrível mecha branca, batom vermelho, calças apertadas, blusas soltas, quase sempre um anel chamativo. E tênis. Mas pode não ser nada disso. No ônibus somos discretas, porque afinal estamos no país que estamos, e somos estrangeiras. M.G. nos diz para tomarmos cuidado. Ela cuida de nós e se diverte. Ela gosta muito da ideia de que a literatura dela nos uniu. É mesmo uma linda ideia. Acho que há nela também certo estranhamento e certa curiosidade. Talvez ela gostaria de me perguntar algum detalhe, mas não tem coragem, ou melhor, não sabe bem até onde pode ir. Ela é frontal e, ao mesmo tempo, cuidadosa. Ou tímida. É isso que ela diz num diário íntimo que ela gostaria de transformar em livro: nenhuma das suas analistas jamais conseguiu fazer com que vencesse uma profunda timidez. Penso em você e em que, se tivesse sido possível. Pausa. Quando estávamos nuas, naquela véspera. Pausa.

Ilustração: Marcelo Frazão

Minha irmã não entende que eu ame mulheres. Acho que M.G. também não, embora ela entenda que eu ame você. Afinal, estamos unidas por sua Zona de derrumbe. Quando disse a ela que tinha escolhido traduzir esse livro, ela imediatamente me falou da adaptação que você fez. Procuro no youtube e acho um vídeo muito mal gravado, com a imagem borrada, mas em que dá para ouvir bastante bem sua voz, apesar de um barulho inesperado de carros buzinando, porque a encenação acontece num espaço aberto, um jardim. Mas o que me chama mais a atenção é ver M.G. de costas, com seus cabelos curtos e uns grandes brincos, na segunda ou terceira fileira, te vendo dizer: “Soy Nora García”. Nora García não sou eu? Você, M.G. e Nora García têm um humor que eu não tenho. Rio vendo você sendo ela e ouço o público rindo também. M.G. diz que vai nos colocar em contato. Eu já me apaixonei pela ideia de te amar.

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Vi M.G. ao vivo pela primeira vez em 2002, quando se abriram as portas do desembarque internacional do aeroporto do Galeão. Por causa da publicação da tradução de Apariciones, eu tinha conseguido que o Consulado do México no Rio de Janeiro pagasse sua passagem, mas, curiosamente, a hospedagem ficou por minha conta, então lá fui eu pegá-la para instalá-la em um quarto contíguo à casa dos meus pais, cuja função de dia era ser o consultório de psicanálise da minha mãe. Tudo isso divertia M.G, embora ela não escondesse que também a deixava temerosa e perplexa, desconfiada das minhas intenções. Quais seriam? Acho que o que eu queria mesmo era ser ela, o que deve ter se confirmado quando se abriram as portas do aeroporto e ela apareceu com suas roupas largas e coloridas, seus cabelos curtos e cacheados, meio despenteados, as unhas pintadas de vermelho, um lenço estampado no pescoço, e acima de tudo o olhar, frontal, irônico, como quem pergunta “quem é você?”, me pondo à prova, pondo à prova o meu desejo de fazer aquilo. Eu me mantinha firme, embora estivesse morrendo de medo, para começar da tradução mesma, sendo um texto tão erótico e tão erudito, tão acima das minhas condições, em todos os sentidos. Se a frontalidade dela era irresistível para mim, acho que ela, por sua vez, sem abandonar totalmente sua desconfiança, acabou cedendo aos encantos da tal paranoia invertida. Nos divertimos, combinamos de nos revermos logo, mas acabamos nos perdendo por mais de uma década.

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E se eu nunca mais tivesse revisto M.G.? — penso em você, e espanto o pensamento, para separar as coisas: nós e ela, ela e eu.

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Em dezembro de 2014, desembarquei na Cidade do México para revê-la. Era o meu primeiro retorno ao México depois de uma viagem com minha mãe e meu pai, no verão de 1979, quando, recém-exilados no Brasil, e cedendo ao impulso errante que nunca nos abandonaria, eles resolveram percorrer de ônibus esse país. Levei na mochila os álbuns da Kodak com fotos da viagem anterior, pensando que talvez eu pudesse me reconectar com aquilo, mas assim que entrei na casa da esquina de Callejón del Horno e Tres Cruces, no bairro de Coyoacán, percebi que o México para mim seria ela, o corpo dela, já mais cansado quando nos reencontramos, e um pouco mais a cada vez, mas as pernas sempre ágeis, alongadas e, nos pés, um sapato memorável.

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Da viagem dela ao Rio de Janeiro, volta a mim a seguinte cena: nós duas no sofá-cama do consultório da minha mãe, onde ela espalha as bijuterias que trouxe na viagem, tirando-as de uma pequena bolsa de tecido, não sei bem para quê, talvez só por diversão, embora a conversa seja algo séria, sobre sua filha, que está também viajando, no Chile, e tem problemas de dinheiro. Ela se preocupa por sua inconstância e pelo seu futuro. Lembro de ter me surpreendido ao entender que em boa medida sua cabeça estava em outro lugar, por essa preocupação, e que o que ela estava vivendo no Rio de Janeiro, a tradução, o lançamento, nosso encontro, era só um lado de sua vida, que nem tudo tinha a ver com os livros dela, e inclusive que ela mantinha isso à parte, talvez querendo preservá-lo da literatura. Até hoje essa separação me parece estranha, como acho que ela se surpreende com o que eu sou capaz de trazer para dentro do que escrevo. Você, por exemplo. Digo a ela que vou escrever este texto e ela me pergunta se você já sabe. Explico que não, porque quase não nos falamos e não faria sentido te escrever só para contar isso. Ela me pergunta o que exatamente eu vou contar e eu narro a cena da Colonia Roma.

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Assim que volto da viagem começo a tradução. Diferentemente de M.G., eu não troco de roupa ou coloco batom para escrever nem para traduzir. Trabalho de pijama, assim que acordo, ou quase, antes só escovo os dentes e faço um café. Deixo o celular na cozinha, à distância. Nora García ainda não tem celular. O gato passa e me pede comida com um miado. Olho para ele com indiferença, já distraída com as palavras de M.G. Ele resolve se virar sozinho e vai ver se há comida no seu pote. Uns instantes depois, passa de volta, satisfeito. Coloquei Zona de derrumbe num suporte para livros que uso para traduzir. Não vou começar pelo primeiro conto. O conto que cabe, nas circunstâncias do meu retorno, é “Sapatos: andante com variações”. Além do humor, a erudição me separa de Nora García. Ela fala sobre os grandes colossos egípcios e os heróis homéricos, sobre o Deuteronômio e os hebreus, mas de repente — e é isso que me fascina — já estamos na história de uma mulher, de uma mulher qualquer, eu, você, ela, a história de uma mulher “que ama demais”. “Haverá tolice maior?” Traduzo assim, provisoriamente. A palavra em espanhol é necedad. Meu avô costumava me dizer que eu era “necia” quando se irritava comigo porque eu não queria aprender o que ele queria me ensinar. Por causa disso, eu sempre entendi essa palavra mais do lado da teimosia do que da estupidez, mas agora fico na dúvida, neste caso. Mais tarde consultarei um amigo. Ou quem sabe seja a ocasião de te escrever e aproveitar para te perguntar se você me acha uma necia e em qual dos sentidos. E será a ocasião então de te contar sobre este texto que estou começando a escrever. Por enquanto é melhor continuar a tradução, que eu prometi para o editor para daqui a um mês. Disse a ele que começaria assim que voltasse do México e que em um mês ela estaria pronta e revisada. M.G. me pergunta quanto ele vai me pagar. Ela se preocupa com isso. Acha, com razão, que não sei negociar bem os valores dos meus trabalhos. Sou atrapalhada como Nora García. Como ela? “É hora de confessar que esta história é autobiográfica e, portanto, profundamente sincera.” Mudo um pouco a pontuação, porque tendo a achar que em português é preciso manter certos padrões. Estarei domesticando Nora García? Ou M.G.? Em todo caso, traduzo com prazer. Quase esqueço que ainda estou sofrendo. Que amo demais e por isso sofro, como ela, como elas. Que a ideia era traduzir este texto com você como interlocutora, te mandando trechos por whatsapp para rirmos juntas. Eu te pediria para você gravar uns áudios para mim, porque adoro sua voz, e mais ainda quando você diz estas palavras: Mientras piensa en los zapatos, Nora García sabe que escribirá un texto que tiene que parecerse a la ópera que detiene la historia y los sentimientos: los inmoviliza.

Ilustração: Marcelo Frazão

É exatamente isso que eu queria: imobilizar a história e os sentimentos. Ou melhor, colocá-los em câmera lenta. Que maravilhoso seria se eu pudesse fazer isso! Narrar a história muito lentamente. Quase parar o tempo, para ver a mutação dos sentimentos. Narrar muuuuuito len-ta-men-te. Talvez seja possível, mas não assim. Talvez eu não seja capaz. Mesmo querendo muito. Quero muito escrever porque quero muito entender. Quero narrar a cena da Colonia Roma em câmera lenta, sem som, como se o mundo tivesse parado para ouvir meu coração batendo acelerado de incompreensão. Só que eu tenho uma dúvida, uma dúvida eterna: quando começa uma cena? Não estou sozinha nisso. Acho que é disso que C.L. está procurando quando diz: “Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim”. Eu nunca tinha me apaixonado tanto pela ideia de amar alguém. Você tinha dito que sim ao encontro e depois à viagem. Tínhamos nos encontrado em um bar em Buenos Aires e tinha sido um encontro perfeito. Eu voltaria no dia seguinte para São Paulo, mas naquele encontro combinamos de ir ao México juntas, para o aniversário de 90 anos de M.G. Chegamos na véspera e nos trancamos no airbnb alugado até o horário da homenagem. Fizemos amor longamente, ficamos deitadas como se não estivéssemos numa cidade estrangeira, desfilamos nuas com meus sapatos “comfort”, alongando as pernas. E eu te amei muito vendo você rir sua gargalhada rouca quando te contei que em português as lésbicas são chamadas de “sapatas”. Havia o nunca e havia o sim. No dia seguinte, chegamos esplêndidas à homenagem de M.G., que se aproximou de mim e me surpreendeu com a pergunta “estuvieron toda la noche haciendo el amor?”. Penso nessa pergunta e no que ela escreveu sobre sua profunda timidez. Penso na cena da véspera, nossa mínima pré-história. Se havia alguma coisa. Pausa. Se eu não. Pausa.

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Quando anunciei a M.G. que viajaríamos juntas para a festa dela, ela adorou, mas assim como embarcou naquele entusiasmo, foi capaz de me dizer, sem rodeios: “você poderá voltar aqui sem ela”.

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Como saber? Agora que começo a escrever sobre o meu segundo retorno ao México, eu me pergunto se vale a pena, no fim das contas, voltar à cena da Colonia Roma. Nem que eu narrasse, quadro por quadro, o que aconteceu ali, o coração do desamor me escaparia. Ele está em algum lugar quem sabe impossível de situar: no meu corpo, no teu corpo, em algum gesto, no som da voz, um desencaixe temporário ou duradouro; nas memórias, perdidas, cultivadas, de outros amores, fracassados ou não, que gostaríamos de mostrar, como num filme, e perguntar: “Será assim?”; “ali, ali, está vendo, foi ali, naquele instante que eu me dei conta”. Não, não, ali, não, volta um pouco a cena, para aí, sim, aí, desacelera um pouco aqui. Foi quando você me disse. O que foi mesmo que você me disse? Não me lembro ou não deu para ouvir, porque foi quase inaudível, mas eu ouvi o que você não sabia que eu estava ouvindo, como quando uma chamada fica muda só para um dos interlocutores. Ou talvez não tenha sido algo que você disse, mas apenas um suspiro, seguido de um breve ricto, algo que você não controlou, que veio assim, involuntário, como um reflexo, que me atingiu em cheio, porque era para mim, ali, naquele momento. Eu soube. Sem entender, eu soube. Nosso encontro era um desencontro. Meu segundo retorno ao México era nossa primeira e última viagem.

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Narro a cena da Colonia Roma para minha irmã e ela me diz: “Eu deveria ter escolhido os sapatos para você”

NOTA
O conto Segundo retorno ao México integra o livro Quem sabe dançar, a ser lançado em 2024 pela Quelônio.

Paloma Vidal

É escritora e ensina Teoria Literária na Universidade Fe­deral de São Paulo. Dedica-se à ficção e à crítica, tendo publicado romances, peças, livros de contos, de ensaios e de poesia, entre os quais: Algum lugar (2009), Mar azul (2012), Três peças (2014), Dupla exposição (2016), Wyoming e Menini (2018), Estar entre: ensaios de literaturas em trânsito (2019), Pré-história (2020), La banda oriental (2021) e Não escrever [com Roland Barthes] (2023). Traduziu, entre outros autores e autoras latino-americanos, Clarice Lispector, Adolfo Bioy Casares, Lina Meruane, Sylvia Molloy, Margo Glantz, Tamara Kamenszain e Silviano Santiago.

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