Poema de Olga Savary

Leia o poema "Nome II"
Olga Savary, autora de “Coração subterrâneo”
01/04/2001

Nome II

Diria que amor não posso
dar-te de nome, arredia
é o que chamas de posse
à obsessão que te mostra
ao vale de minhas coxas
e maior é o apetite
com que te moldes as entranhas
este fruto que se abre
e ele sim é que te come,
que te come por inteiro
mesmo não sendo repasto
o fruto teu que degluto
que de semente me serve
à poesia.

Olga Savary

Estreou em 1970 com Espelhos Provisórios. Pioneira na escrita de haicais e literatura erótica, Olga tem a sua poesia reunida na antologia Repertório Selvagem (Multi Mais — UMC) composta por 12 livros de poesia. A autora se prepara para lançar o livro de contos O Olhar Dourado do Abismo. Figura nas antologias: Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século 20 e Os Cem  Melhores Poemas Brasileiros do Século 20, ambas organizadas por Italo Moriconi.

Rascunho