Dilúvio editorial
O texto A política das estantes, de Claudia Lage (Rascunho 125), o artigo de Rodrigo Gurgel sobre Joaquim F. dos Santos, mais a Conversa sobre depois, do Affonso Romano de Sant’Anna, enfocaram, para mim, a santíssima trindade da literatura que mais religiosamente (me) convém procurar, (re)ler e presentear a familiares, amigos e deixar como legado bibliotecário: obras deslumbrantes, criteriosa e apaixonadamente garimpadas no dilúvio editorial; como filho ou filão de vida, alguma fascinante documentação histórica (nacional, estadual ou familiar), e o espírito santo de uma seleção de registros pessoais, em prosa ou em verso, da passagem microbiana por este planeta.
Elmar Joenck • Curitiba – PR
No Brasil, há um ano, procurei pelo Rascunho em livrarias e bancas de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, sem resultado. “Quase não vem”, “já acabou”, “não temos recebido”, “é gratuito, sai logo”, etc. Finalmente, tive a satisfação e a surpresa de encontrar um exemplar na Biblioteca do Brasil na França, na Casa do Brasil da Cidade Universitária de Paris. Para mim, foi um grande prazer a leitura dos artigos e textos literários de excepcional qualidade num jornal “de verdade”, que se folheia e se manuseia, que se leva na bolsa para ler no metrô, por exemplo. Tomo a liberdade de escrever para lhes dizer que as pessoas interessadas em literatura brasileira terão, talvez, mais facilidade de acesso ao Rascunho através de um exemplar em papel do que numa pesquisa aleatória na internet. Para isso, envio-lhes as coordenadas das duas bibliotecas de literatura brasileira que freqüento e que recebem visitas de estudiosos em geral, de curiosos e de estudantes universitários. Espero que lhes seja possível o envio sistemático da sua publicação a esses centros de cultura brasileira. Sugiro, caso a despesa seja excessiva para o jornal, que se peça financiamento ao Itamaraty — seria uma ínfima parte do trabalho que lhes cabe na divulgação da cultura produzida no Brasil.
Regina M. A. Machado • Paris – França
O Rascunho se tornou indispensável para quem gosta de literatura. Parabéns pela coragem e apurado senso crítico das últimas edições. Sobretudo, a que analisou a “literatura” da Fernanda Young e daquela bela moça (Paula Parisot) que só o Rubem Fonseca parece gostar do que ela escreve.
Eldes Ferreira • Campo Grande – MS