Kennedy e Bukowski
Simplesmente espetaculares os textos de Sergio Vilas-Boas sobre Willian Kennedy e do José Renato Salatiel sobre Charles Bukowski na edição de outubro do Rascunho. Dá vontade de parar a leitura e sair correndo para comprar os livros resenhados.
Aurélio Prieto • São Paulo – SP
Nova ortografia
Descobri recentemente o jornal Rascunho no Centro Cultural São Paulo e gostei muito não somente dos assuntos abordados, mas também do fato de que não foi adotada a reforma ortográfica. É o primeiro veículo de imprensa que vejo destacar sua recusa da reforma. Achei uma iniciativa sensacional, que deveria ter sido a norma entre todos os usuários da língua. Sou tradutor e revisor e repudio completamente a proposta de reforma ortográfica articulada por meia dúzia de indivíduos que se julgaram no direito de alterar a língua apenas para venderem suas obras de atualização. É o maior crime contra a nossa cultura que já ocorreu em toda a história da língua portuguesa. Não só os motivos alegados são todos escusos, como a própria substância da reforma introduz cascatas de novos erros e incertezas. Um atentado como esse só poderia resultar da mentalidade burocrática que acha que a língua pode ser objeto de legislação. Em Portugal, que por razões incompreensíveis concordou com essa palhaçada, a reforma não foi adotada por nenhum órgão de comunicação, por nenhuma instituição de ensino, nem pública nem privada, por nenhuma editora, nem pela população. Foi totalmente ignorada, como deveria ser. Pelo menos vejo que a sua publicação foge à postura acéfala e acrítica que domina o nosso país. Estão de parabéns!
José Ignacio Coelho Mendes Neto • São Paulo – SP
Credibilidade
O Rascunho exerce a função que os críticos literários deveriam exercer: discutir literatura e apresentar argumentos para o desenvolvimento do senso crítico do leitor. A abrangência do jornal possui credibilidade para dialogar sobre literatura de maneira libertária.
Paulo Ricardo Tertuliano de Oliveira • via e-mail