CARTAS_julho_2008

04/06/2008

Bem longe
Obrigada pelo envio do interessante jornal Rascunho, que leio sempre e que, muitas vezes, uso nas minhas aulas de cultura e de literatura brasileira, na Universidade em Lecce. Parabéns pelo trabalho que faz de divulgação e de atualização da literatura brasileira. E digo atualização porque uma das partes que mais aprecio do jornal é justamente a dedicada aos encontros com escritores contemporâneos (Paiol Literário), alguns jovens e ainda não muito conhecidos, pelo menos por parte do grande público de leitores.
Vera Lúcia de Oliveira • Lecce – Itália

Artigo de Carrero
Raimundo Carrero, autor do artigo O que é o romance?, publicado na edição de junho no Rascunho, defende a simplicidade no romance, onde o leitor não teria nenhum quebra-cabeça para resolver… ou seja, o “romance papinha” para leitor comum. Afirmou também que alguém tem de vender para sustentar as editoras. É o mesmo que dizer que alguém tem que comer para sustentar os restaurantes; o Macdonald’s não vende comida, vende entretenimento alimentar. Carrero quer separar mercado de mercado, como se fosse possível. Dinheiro é dinheiro! O que falta é estratégia para se vender arte literária. Mas para ele a solução está na simplicidade. E não é de minimalismo que Carrero fala, mas de simplicidade mesmo; uma literatura sem delírio, é isso que ele quer… Haja saco para suportar! Será que ele quer que os grandes romances brasileiros deste século se igualem aos dramalhões encontrados nas bancas? Estes realmente são simples, e dão tudo de bandeja para o leitor. Ou Carrero é um gênio ou eu é que sou muito idiota! Mas, com ele, afirmo “tenho o maior respeito pelos que divergem de mim. Só quero pensar. Talvez discutir. Mas todos têm razão”.
Homero Gomes • Curitiba – PR

Rascunho sucumbiu
O Rascunho já foi um espaço protegido dos cacoetes da literatura brasileira. Infelizmente, isso foi mudando. Sou favorável a uma diversidade de vozes, mas o que aconteceu foi além disso, o jornal sucumbiu ao rame-rame literário/político de botequim que domina as nossas letras. Uma prova é texto didático de Raimundo Carrero, publicado em junho: “Então nós temos aí duas realidades incontestáveis: a arte e o mercado. Como, então, devem se comportar os escritores?” Quem vê as coisas de forma tão simplista é incapaz de escrever um bom artigo, quanto mais um bom romance. Não entendo se o editor Rogério Pereira mudou ou simplesmente cansou. Uma pena.
André Ramos • via e-mail

Não sucumbiu tanto
Tenho acompanhado o jornal desde o final do ano passado, admiro muito o trabalho de vocês. Parabéns, é muito importante ter gente fazendo essa difusão de cultura por aí.
João Madrid via e-mail

Recentemente estive em Curitiba e tomei conhecimento do jornal literário Rascunho. Ao acessar o site na internet, observei que os assuntos abordados são de grande relevância. Parabéns a todos os envolvidos com o trabalho! Certamente passarei a acessá-lo com freqüência.
Proença • Brasília – DF

Já li todo o Rascunho de junho. Com vocês, dá.
Antonio Abujamra • São Paulo – SP

Rascunho