Entre jovens
Recebi o Rascunho de janeiro. Li, gostei e já estou ansiosa para a próxima edição. As ilustrações da capa estão uma delícia, assim como todas as outras em seu interior. Destaque para a diagramação, Raimundo Carrero, entrevista do Paulo Rodrigues, crítica para Inverdades, Miriam Mambrini, Fernando Monteiro, Altair Martins e claro Hugo Estenssoro. Devo ter esquecido de algo. Está tudo na medida. Sugestão: como eu tenho quinze anos, senti certa carência por assunto específico para jovens. Certamente que o Rascunho não tem o público-alvo jovem, mas acredito que pode ser muito importante um espaço destinado à literatura juvenil. Se o Rascunho ganhar eco — o que não é difícil —, acredito que poderá influenciar, e muito, no futuro da literatura brasileira.
Camila de Souza • São Bento do Sul – SC
Modeladores de línguas
Tal como o texto bíblico de Lutero moldou a língua alemã (Rascunho 117, coluna Translato, p. 2), a chamada versão do Rei James (1611) e as obras de Shakespeare modelaram o inglês, podendo-se dizer praticamente o mesmo das obras de Camões, de Cervantes, de Dante e de Rabelais como perenes e definidoras bases dos respectivos idiomas nacionais, pela divulgação popular e prestígio histórico desses autores.
Elmar Joenck • Curitiba – PR
Abrir janelas
Gostei muito do artigo de Miriam Mambrini sobre livros e leitores. (Rascunho 117, Considerações sobre livros e leitores). A respeito do assunto, lembro-me de uma sábia opinião do mestre Aires da Mata Machado, na Faculdade de Letras da UFMG, ao dizer que “a missão do professor de Língua Portuguesa é despertar nos alunos o gosto pela leitura” . Acrescento que isto não é tão difícil. Em duas cidades de Minas Gerais — Bom Despacho e Belo Horizonte —, idealizei e desenvolvi, com êxito, uma experiência bem interessante. Foi o Projeto Monteiro Lobato, com uma aula por semana destinada à leitura, empréstimos e troca de livros escolhidos pelos próprios alunos. Era um intercâmbio bem interessante, com a sala de aula funcionando como pequena biblioteca, com uma boa interação entre professor e alunos. A missão de incentivar a leitura deve ser, também, um dos objetivos dos outros professores, sobretudo a leitura de revistas e jornais, além do que há de melhor na internet, com relação aos temas de interesse de cada disciplina do currículo. E também boas obras de ficção histórica e científica, escolhidas pelos alunos. Como disse o Ziraldo, “ler é mais importante que estudar”. E é mesmo, porque o hábito da leitura é uma janela que se abre para os horizontes do conhecimento.
Jacinto Guerra • Brasília – DF
Aspectos interessantes
Muito boa a edição de janeiro, pois aborda uma série de aspectos interessantes da literatura. Onde eu moro não existe material desse tipo.
Bruno Weber • Itapiranga – SC