Todos os meses, eu penso em parar. Parar de ler literatura nacional escrita nos últimos 30 anos. Mas sempre que me ponho no meio da sala, em cima de um banquinho, vestido de fraque e com cara de maluco dizendo para o gato e para minha senhora que eu vou parar!, eu vou parar!, sempre me aparece algo como Angela Dutra de Menezes, autora do estimado Todos os dias da semana. É este tipo de coisa que salva meu pouco interesse pelas letras nacionais contemporâneas. Escrevendo com Sherazade, ela mostra que a melhor literatura é aquela que se faz despretensiosamente, salvo um António Lobo Antunes aqui, um Guimarães Rosa acolá. Além disso, Angela não faz de seu sexo uma arma; sua literatura não tem a marca de Clarice Lispector — a boa influência má de nossas mulheres.
Mas já falei demais. Vou deixar com vocês a voz de Angela Dutra de Menezes. Uma voz sincera e bem-humorada como seus livros. Uma voz que certamente o convencerá a ler Todos os dias da semana. Para o bem do seu bom gosto.
• Você é mulher, mas não faz, necessariamente, uma literatura feminina. Seus livros encontram algum tipo de resistência por isso? Você acha que se espera de escritoras que façam uma literatura nitidamente feminina?
Sinceramente? Não sei se meus livros encontram algum tipo de resistência por eu não ser uma escritora feminina/feminista. Os críticos dizem que escrevo como um homem. Não sei o que isto significa e também não sei o que é uma literatura “nitidamente feminina”. Literatura não tem sexo — ao menos, não deveria ter. Eu escrevo o que sinto, do jeito que gosto e jamais, mas jamais me censuro. Caiu no caldeirão da criatividade, processo e coloco no papel. Isto não me impede de ser uma mulher muito à vontade com a minha afetividade e a minha sexualidade 100% femininas. Gosto de ser mulher, de ser mãe, de exercer a minha feminilidade, de ganhar flores e… de distribuir caneladas, se necessário. Talvez esta dualidade flores x caneladas se reflita em meus livros. Do fundo do coração desejo que ninguém espere que as escritoras façam literatura feminina, seja lá o que isso signifique. A idéia de que mulheres devem escrever de uma maneira e homens de outra, lembra a Idade Média. Não sou feminista, mas vamos com calma. Escritores têm compromisso com a palavra e não com o seu sexo.
Muita gente pode ver com maus olhos a frase cunhada por Ziraldo em sua homenagem, por assim dizer, de que você escreve tão bem que nem parece mulher…
Nossa, graças a Deus surgiu alguém que sabe que o Ziraldo falou isto. Quando comecei a escrever para O Pasquim21, o Ziraldo comentou “ela escreve tão bem que até parece homem”. A frase rodou urbi et orbi, foi reproduzida em vários jornais. Mas jamais alguém citou que o Ziraldo se referia a mim. Um elogio deste tamanho, vindo do Ziraldo, é uma grande homenagem. Eu adorei, continuo adorando e adoro ainda mais que você esteja me dando a oportunidade de colocar os pingos nos is. Alô, gente boa, quem, segundo o Ziraldo, escreve tão bem que até parece homem sou eu, Angela Dutra de Menezes. Se alguém vê com maus olhos este comentário, não conhece o “machismo” bem humorado do Ziraldo.
• Você faz uma literatura que, não sendo banal, é bastante despretensiosa. Isso vai na contracorrente do que se espera de um escritor no Brasil.
Bem, meus três primeiros livros são pretensiosos, têm forma e linguagem rebuscadas e etc. e tal. Foram elogiadíssimos e eu me senti supergratificada. Orgulho-me deles. Mas as vendas não corresponderam aos aplausos da crítica. Então, escrevi os ensaios de O português que nos pariu em uma linguagem absolutamente informal. Sucesso total. O livro entrou na lista nacional de best sellers, foi apontado pelo jornal O Globo como um dos dez melhores lançamentos literários de 2000 e até hoje vende muito bem. Vi que descobrira um novo caminho. Estou na contramão? Ótimo! Adoro andar na contramão, não gosto de me sentir mais uma ovelha no rebanho. Se posso dar o meu recado de maneira despretensiosa, para que complicar? Sabe aquela história do “comi muito a senhora sua mãe?”. Pois é, acredito que “filho da puta” estabelece uma comunicação mais rápida e mais efetiva.
• Mesmo ganhando um prêmio na Espanha junto com o sempre nobelizável Mario Vargas Llosa, você ficou mais conhecida no Brasil por seus livros-piada, no bom sentido do termo, por favor. Como você explica isso?
Na verdade, eu não ganhei um prêmio com o Vargas Llosa. O que aconteceu foi o seguinte: em 1997, Cadernos de Don Rigoberto, do Vargas Llosa, e Mil años menos cincuenta, de minha autoria, foram considerados pelo jornal La Cultura, de Madri, os melhores lançamentos literários do ano. O jornal se rasgou em elogios, guardei-o e ainda hoje morro de emoção relendo-o: (…) leyendo a Angela Dutra de Menezes me venían a la mente las revelaciones verbales y los nombres de Guimarães Rosa, Darcy Ribeiro, Rubem Fonseca, Graciliano Ramos, Mario de Andrade, Clarice Lispector, Osman Lins, Nélida Piñon (…). La sorprendente periodista escribió una obra sin vacilaciones, ni altibajos, de una voluntad cósmica, en una lenguaje literaria de varios matices: trágicos, irónicos, alucinatórios(…) lenguaje de balada que en su vertiente sonora nos hace pensar en una cantata medieval (…). Olha, é uma página inteira assim, simplesmente a glória. Passei cinco anos escrevendo Mil anos menos cinqüenta e outros muitos anos pesquisando e lendo para escrevê-lo. No Brasil, ele não vendeu nada, rigorosamente nada. Mas valeu, em todos os sentidos valeu. Por causa deste livro, o primeiro, começaram a me respeitar como escritora. Principalmente na Espanha, claro. Mas, meu Deus, isto já é muito. Após 1997, fui à Espanha três vezes e, nas três, os escritores, os tradutores, os jornalistas, enfim, os intelectuais receberam-me com enorme consideração. Pero, como dizia a senhora Ruy Barbosa, “o conselheiro precisa comer”. Livros fáceis de ler — livros-piada, diz você e eu não acho muita graça — vendem melhor e eu sou igual ao Conselheiro: também preciso comer. Pouco para não engordar, mas preciso. Outro fato pesou na balança. Infelizmente — e não há como negar esta triste realidade —, a maioria do público brasileiro não é sofisticada para selecionar as suas leituras. Então, tenho meus livros-arte e meus livros-piada, denominação com a qual absolutamente não concordo. Os livros em que carreguei no humor, também os escrevi preocupando-me com a linguagem, com o ritmo do texto, com a escolha da palavra acertada. Só porque são bem-humorados não deixam de ser livros sérios. Sem modéstia, tenho senso de humor. Por que não utilizá-lo?
• Os contos de Todos os dias da semana trazem um quê de literatura antiga, quando a grande proposta era contar uma história e contar bem. Você acha que a literatura feita hoje perdeu este apelo?
Em Todos os dias da semana queria contar histórias e sei que as contei bem. Com começo, meio e fim. Mantendo o interesse do leitor. As reações das pessoas que leram o livro são maravilhosas. Todas me falam que não conseguiram parar de ler, que agucei a curiosidade delas, que as fiz rir, que as surpreendi. Se isso é literatura antiga, assumo que sou antiga. Queria contar histórias e contei-as como acho que devem ser contadas. De maneira direta, sem firulas desnecessárias, frescuras que só levam ao tédio. Talvez a literatura atual esteja se perdendo no excesso de experimentalismos. Falo à vontade porque também já percorri este caminho. Já brinquei com a gramática e com a pontuação, já vivi a fase umbilical, já aprendi que as minhas angústias não interessam a ninguém porque ninguém está interessado nos questionamentos filosóficos dos outros. Salvo se este outro é alguém excepcional que, realmente, nos faz abrir a boca de espanto. Mas estes, nós contamos nos dedos de uma só mão e ainda sobram dedos. Sei que é bom brincar com as palavras. Por isto estou na confortável posição de afirmar que melhor é ter leitores. Hoje, eu quero que abram o meu livro e me compreendam. Quero proporcionar alegria ao contar uma história, quero resgatar a deliciosa sensação do entendimento imediato, quero compartilhar com o leitor o meu prazer de escrever. Se para isso preciso ser antiga, que seja. Já superei a fase de escrever complicado só para provar que sei escrever.
• Seus contos primam pela imaginação. Que, muitas vezes, beira o nonsense. Ao mesmo tempo, parece que ter imaginação é algo fora de moda na literatura nacional. Como você vê isso?
Imaginação tem-se ou não. Graças a Deus, tenho-a em excesso, assumo ser delirante. Não consigo acreditar que a imaginação seja considerada fora de moda na literatura nacional. Isso é papo de quem não sabe juntar lé com cré e, para justificar a própria incompetência, inventou este tipo de tolice. Assim, já vai se desculpando pelas chatices que escreve. Imaginação é necessária para absolutamente tudo. Negá-la é negar Monteiro Lobato que, em 1921, ao criar o Sítio do Picapau Amarelo, pisou fundo no terreno do Realismo Fantástico. No sítio, usando o pó de Prilimpimpim, substância que transforma a realidade, Narizinho se casa com um peixe, o príncipe das Águas Claras, usando um vestido onde, entre os muitos panos na saia de tule, nadavam peixinhos de todas as cores. É não lembrar da Emília, a boneca de trapo de Narizinho, que se tornou falante graças a uma pílula receitada pelo Dr. Caramujo. É não ver a delírio imaginativo que fez nascer o Visconde de Sabugosa, um boneco inteligentíssimo feito de sabugo de milho, que quase morreu empanturrado de álgebra; o Quindim, um rinoceronte craque em gramática; a Tia Nastácia, cozinheira de forno e fogão que serve pratos deliciosos a São Jorge, na lua; o Anjinho de asa quebrada, curado por tia Nastácia e que provoca tamanho rebuliço internacional que o rei da Inglaterra envia um navio só de crianças para ver a raridade. O Sítio do Picapau Amarelo, que povoou a minha infância, é uma obra que permanecerá para sempre porque surgiu de uma imaginação tão fértil que, sem medo, podemos afirmar que, muito antes de Garcia Márquez, Monteiro Lobato já circulava com desenvoltura naquilo que se estipulou chamar de Realismo Fantástico. Não, não há a menor possibilidade de fazer boa literatura dispensando a imaginação. Sem ela, cai-se na mediocridade. Ou pior, na mediocridade pretensiosa. Prefiro ser sucinta: sem imaginação não há literatura, nem salvação.
• Seu nome não aparece atrelado a nenhum grupo, nenhuma nova escola muito em evidência. Como você acha que isso afeta sua carreira, se é que afeta?
Se eu pertencesse a um grupo, a uma escola como você diz, seria mais fácil porque haveria um grupo a meu lado, ajudando-me a abrir caminho. Sozinha é mais difícil. Mas reconheço que a minha solidão literária deve-se, em parte, ao meu jeito de ser. Sou avessa a badalações sociais, além de muito cerimoniosa. Não sei me aproximar dos outros enquanto não me sinalizam de que serei bem-vinda. Por outro lado, o mercado literário é mínimo, quem já conquistou o seu quinhão não está interessado em dividi-lo. Atitude perfeitamente compreensível. “Farinha pouca, meu mingau primeiro”, o mundo funciona assim. Mas eu não desisto, nem poderia. Para mim, escrever é viver. Se jogar a toalha, eu morro. Então sigo escrevendo, modestamente acreditando que estou à frente do meu tempo e que a posteridade me concederá o merecido reconhecimento. Brincadeira, nossa, que viagem…Bem, o que realmente acredito é que, um belo dia, um grupo me identificará como um membro desgarrado, que precisa ser acolhido. Confio no meu taco. Já escrevi um romance sofisticado: Mil anos menos cinqüenta, no qual entrelacei mil anos da história portuguesa com três religiões: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Nele, narrei uma história, enquanto apontava o quanto um passado de guerras, privações, aventuras, além da convivência de três credos distintos, marcaram indelevelmente a cultura, o caráter e o imaginário brasileiros. Já escrevi ensaios tipo samba-do-crioulo-doido, apoiados em rigorosa pesquisa histórica. Já escrevi dois romances ambientados no Brasil, em que me dei ao trabalho de reproduzir o linguajar da época em que eles se situam. Chorei ao ler uma crítica dizendo que texto de O avesso do retrato é tão lindo que parece música. Já escrevi um livro em cima de um tema sofisticado, o Apocalipse de São João, mas usando uma linguagem simples — aliás, adorei escrever este livro, é debochado, iconoclasta e surreal. Agora, publiquei um livro de contos tradicionais e bem-humorados. Não jogo nem no ataque, nem na defesa. Simplesmente jogo porque preciso jogar, é uma necessidade vital. Meus sentimentos indicam meus caminhos. Sei que escrevo bem. Qualquer hora, alguém me descobre porque conviver com iguais sempre é enriquecedor.
• Uma coisa me chamou a atenção no livro: a orelha, assinada por Miguel Paiva, diz que é um livro de humor. Mas percebi em muitos contos um quê de melancolia galhofeira. Explica-me este disparate. Ou eu estou maluco?
Não, você não é maluco, você é um excelente observador. Esta expressão “melancolia galhofeira”, mais do que definir os contos de Todos os dias da semana, define a mim. Raras pessoas conseguiram romper a personalidade extrovertida e alegre que inventei para distrair o distinto público. Mas, ao contrário do que pensa a imensa maioria dos meus amigos (e inimigos), sou muito melancólica. Diante de todas as nossas impossibilidades, não há como não ser. Então, meu jeito de enfrentar as chatices diárias, a hipocrisia, o preconceito, o desrespeito, a burrice, enfim, tudo que me incomoda, é a ironia. De tão irônica, chego a ser má. Mas gosto de ser má. É assim que lavo a alma, é assim que pretendo continuar sendo. Gente boazinha me cansa. Já passei dos 50 anos e, até hoje, ninguém que tenha convivido poucas horas comigo conseguiu desvendar a minha verdadeira personalidade. Você foi o primeiro. Minha mãe e meus filhos pedem-me para cumprimentá-lo e sugerem que você mude de profissão: vá ser psicanalista. Creio que o que me salva de mergulhar na deprê é escrever, escrever, escrever, ler e me acabar de fazer ginástica. Talvez eu seja uma das raras intelectuais marombeira. Pego pesado na Academia e durante os exercícios a minha cabeça voa. Muito do que escrevo nasce nos momentos em que estou malhando, dá para acreditar?
• Uma característica dos contos de Todos os dias da semana são os protagonistas dos contos, todos fortes, absolutamente marcantes. Queria que você me falasse um pouco sobre a construção destes personagens fantásticos, que não encontram eco algum na realidade. No máximo a tangenciam.
Personagens fortes. Não há um só livro meu que isso não tenha sido citado. Claro, fico superorgulhosa. Sempre fui muito observadora, característica que a prática do jornalismo lapidou. No cotidiano faço o gênero coruja, fico atenta a tudo. Detalhes, vícios de comportamento e de linguagem, manias. Observo e, silenciosamente, recrio a pessoa que fala ou convive comigo, imaginando-a como ela seria se fosse exatamente como diz ou pensa que é. Mas sou cuidadosa, muito cuidadosa com este dom de “enxergar” o avesso alheio. Falo pouco. Ou melhor, falo muito, mas não falo nada do que enxerguei com minha visão raio X — sei lá que nome dar à minha sensibilidade de captar o subtexto dos outros. Tenho um arquivo cerebral onde vou juntando estas figuras. Lá elas se casam, ou não, mas fazem nascer novos seres. Resumindo, observando o mundo crio as minhas personagens. Misturo uma pessoa à outra, enxerto a personalidade de uma na mania da outra, faço uma salada de tipos humanos. Você diz que elas são personagens fantásticas e não encontram eco na realidade. Eu discordo. Elas ecoam a realidade, sim, por serem construídas de várias verdades, de várias personalidades, que são transformadas pela minha imaginação. Elas tangenciam e atravessam o real porque nasceram na realidade. Mas quando as transporto para o imaginário, sinto-me à vontade para fazer delas o que bem entendo. Minhas personagens são minhas crias, com um pezinho no cotidiano.
• Seu livro também se destaca por fugir um pouco daquilo que se espera de um livro de contos, que é um terreno geralmente usado para experimentalismos estéreis. São histórias com começo, meio e fim. Queria que você me explicasse um pouco a opção pela história curta e pela simplicidade, que, no seu caso, não é sinônimo de banalidade.
Antes de mais nada, obrigada. Gosto que você tenha sacado que minhas histórias, apesar da estrutura convencional, não são banais, muito pelo contrário. Acho que estou amadurecendo na arte de escrever, descobrindo que menos pode ser mais. As “peruas” têm razão: excesso de penduricalho detona qualquer elegância. Então, inventei os meus causos, revirei o meu arquivo mental e comecei a escrever como sempre escrevo: sem planejar. O que tem que sair sai. Depois, é que começo a pentear o texto, a ajeitar o estilo, a cuidar dos detalhes — é a fase menos feliz e a mais longa. Mas, gozado, mesmo assim eu não consigo parar de escrever, sou movida por uma compulsão estranhíssima. Abro mão de qualquer coisa para ficar escrevendo. Enfim, já estou mudando de assunto. Voltando aos contos. Havia tempos andava com vontade de escrevê-los, mas temia não saber fazê-los bem. Contos são perigosos, a gente não pode derrapar, deixar o leitor se distrair. Mas acho que dei conta do recado. Ao menos, o retorno tem sido excelente. Sobre os experimentalismos estéreis… bem…, olha, eu penso que a arte precisa de experiências, precisa sempre buscar novos caminhos. Se não fosse assim, seríamos todos parnasianos. Estagnar não é o meu projeto de vida. Tenho seis livros publicados e só dois são parecidos, os outros quatro parecem escritos por pessoas diferentes. Ou seja, eu também me experimento. Talvez, quando você fale em “experimentalismos estéreis”, esteja se referindo a uma turma que, por falta de coisa melhor para fazer, desandou a escrever besteira e a rotulá-la de Experimentalismo. Conheço alguns e morro de inveja deles. Só escrevem bobagem, mas desfilam numa pose de dar inveja ao José Saramago. Ainda assim, prefiro ser otimista em relação a estas pessoas pedantemente vazias e sempre egocêntricas. Acho que os livros que escrevem são ecológicos. As páginas têm mil e uma utilidades. Quando uso uma para acender a lareira da casa do meu filho, em Teresópolis, evito que mais árvores se transformem em papel. Vamos olhar as coisas pelo lado positivo: estes “escritores” são valorosos defensores de nosso combalido habitat. Em nome do Greenpeace, ONG pela qual nutro solene antipatia, rendo-lhes as minhas homenagens.