O pacto e a máscara

Em “O filho eterno”, Cristovão Tezza mergulha fundo ao abordar a relação com seu filho portador da Síndrome de Down
A autobiografia é um gênero que sempre provoca reflexões sobre questões de identidade autor/narrador, e as relações que se estabelecem entre leitor e autor; isso para não falarmos de questões como tipos de autobiografia e das fronteiras entre ficção e realidade. Há inúmeras variáveis a se considerar e demonstro aqui com uma breve relação nada completa: O romance Dom Casmurro, que se apresenta como autobiografia; Cerimônia de adeus, memórias de Simone de Beauvoir, que conta a história de um outro, o triste final de Sartre; Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, em que o texto autobiográfico da favelada surge avalizado e editado por uma terceira pessoa, jornalista. Memórias, autobiografias e diários são subgêneros que, por sua vez, problematizam ainda mais esse tipo de escrita. Cristovão Tezza, em O filho eterno, escreve uma autobiografia problematizada pela narrativa em terceira pessoa num gênero que, por muito tempo, foi o feudo da primeira pessoa. O livro tem duas epígrafes que servem para orientar os leitores na abordagem do texto. A primeira, de Thomas Bernhard, questiona o quesito “verdade” (“o descrito é outra coisa que não a verdade”). O quanto de verdade se pode encontrar num texto, escrito por alguém que já não é mais aquele que viveu os fatos narrados? Ao utilizar-se da linguagem verbal, intermediária que necessita da lógica para sua organização, e ao se colocar na posição de narrador, o autor se afasta dos episódios e os analisa e rearranja, mesmo não sendo essa sua intenção. E, os que lêem o texto “na dor lida sentem bem não as duas que ele teve, mas a que ele não tem” (Fernando Pessoa, citado de memória). Assim sendo, nos afastamos cada vez mais da origem, do acontecimento narrado, na impossibilidade de fazer do texto a própria vida. A problematização da verdade na narrativa autobiográfica parece datar do surgimento das Confissões de Rousseau. Os textos autobiográficos, antes do autor suíço, se preocupavam em fazer relatos de episódios de vida que engrandecessem ou justificassem os atos passados de seus narradores. Rousseau modifica essa atitude com a proposta de “dizer tudo”, e contar os episódios todos de sua vida, mesmo os mais sórdidos, como o abandono dos filhos. Por maior que seja o desejo de contar tudo, sempre algo precisará ficar de fora. As motivações são sempre múltiplas e por mais que se esmiúcem os detalhes, alguns escaparão. Há toda espécie de “traição”: esquecimento, falta de percepção, mudança de atitude, e a mera impossibilidade física de narrar uma vida como vai acontecendo por razão de transformar a obra em texto ilegível e desconexo. “Em Rousseau, a escrita do je (o eu) se encontra com o jeu (o jogo) da escritura. E com ele se abre, para a modernidade, o paradigma das articulações infinitesimais da identidade, do sujeito e da subjetividade” (Lúcia Helena). Nesse jogo da escritura, Cristovão Tezza acrescenta uma variável incômoda: a terceira pessoa num texto confessadamente autobiográfico. Qual atitude tomar perante um narrador que, de antemão, reconhece que o protagonista de sua autobiografia não é, nem pode ser ele mesmo, pois os fatos narrados aconteceram com alguém que já não existe mais, ou com alguém que passa a se definir em relação a um outro? Conforme nos ensina a professora Myriam Ávila, a “autobiografia compartilha questões de base com a filosofia, tais como a do conhecimento de si e a convergência possível entre verdade e expressão, configurando-se como um cruzamento inevitável entre aquela disciplina e a literatura”.Dúvida Voltamos, assim, às epígrafes do livro, já que a segunda delas, de Kierkegaard, esclarece que pai e filho têm uma relação especular que se resolve no tempo: um olha para o outro e ambos se vêem em momentos diferentes da vida. Há um desdobramento analítico que não nos cabe fazer, mas que é passível de especulação, aproveitando o tema semântico — o jovem imaturo e sonhador que recebe um filho que não poderá duplicar, nem replicar, seu lado adulto e intelectualizado, mas que revelará uma faceta mal resolvida do jovem órfão, do jovem sem pai, condenado, por isso, a uma falta de modelo adulto. Pergunta-se, então: quem é, em última análise, esse filho eterno? Felipe ou seu pai? O texto começa com o nascimento do bebê. A mulher avisa que chegou a hora e começa, então, o percurso do texto. Lemos: “em matéria de novidade, amanhã ele seria tão novo quanto o filho”. Ambos, então, estão juntos nesta viagem de conhecimento. Pai e filho estabelecem uma relação de complementaridade, um só o é por causa do outro. Nas idas e vindas da narrativa, lemos as memórias de uma outra era, de alguém que vivia apenas de futuro, que era uma promessa e se percebia com um papel a desempenhar: “só a expectativa de um futuro vago e mal desenhado”, diz o narrador, numa frase que se torna ambiguamente referente ao filho e ao pai, nascentes. Quando, ao final do primeiro capítulo, o médico chega para informar o nascimento, é saudado com um sonhador:— Tudo bem? — ele pergunta, por perguntar: a cabeça já está no mês seguinte, sete meses depois, um ano e três meses, cinco anos à frente, o filho crescendo, a cara dele.A esse pai alojado no futuro, no entanto, cabe um filho que viverá eternamente no presente (“O tempo será sempre um presente absoluto.”) As histórias vão se desenrolando paralelas: o filho, instado para tornar-se “normal”, rejeitado a princípio, vai adquirindo uma identidade própria dentro de suas limitações. Se o primeiro vínculo entre pai e filho é tênue — o incessante colocar do dedo na palma da mão da criança, a fim de que esta cerre os dedinhos em torno deste dedo (o consolo de existir pelo menos esse tipo de reação “normal”) —, e se a rejeição é um dado importante, a ser domesticado, pouco a pouco se observa o surgimento de certa simpatia. A criança rejeitada vai conquistando seu lugar, penosamente. Na vitória do filho, o que se enxerga, porém, é o fracasso do pai. No episódio em que se narram os esforços da criança para subir, sem ajuda, no banco do motorista, lemos a crise de alguém que se reconhece no outro — “Pai e filho são parecidos, espelham-se naquele instante violento e absurdo”. Este, que parece o momento mais terrível, aquele de maior afastamento entre criança e adulto é também o momento em que se igualam, em que mais se assemelham, presos a síndromes diferentes, mas que os impedem de sair da infância eterna. Narrar esse episódio cheio de pathos é o primeiro passo deste Adão que tenta organizar seu mundo:Dar nome às coisas. Escrever é dar nome às coisas. Ele não pode dizer: dar nome às coisas tais como elas são — porque as coisas não são nada até que digamos o que elas são. Que coisa é meu filho?É com clareza que o autor examina e revela o passado. De fora, tempos depois, longe já do olho do furacão que o arrasta à violência e ao abandono, ele contempla e nomeia o que por muito tempo ficou inominável. Abjurando as teorias de Rousseau, é o momento que mais se aproxima da confissão em si, em que pratica o “dizer tudo”, e em que revela sua humanidade: “A natureza não tem alma alguma, e, deixados à solta, seremos todos pequenos e grandes monstros”. Mas o autor não deixa o texto à solta, bem como o pai não abandona o filho, o de ontem e o de agora. As crises ainda se sucedem, mas a aceitação germina, desde os primeiros contatos. A teimosia pode ser lida como tenacidade, e são esses esforços perseverantes que vão resgatando esse filho. O pai “cientista” e o pai “esperançoso” encontram o pai “amoroso”, mas o desenvolvimento é lento e penoso. Somente crises provocam avanços, e é na crise do desaparecimento da criança que sua união se solidifica. Para espanto de quem já pensara em abandonar a criança imperfeita (“o mesmo filho que ele desejou morto assim que nasceu, e que agora, pela ausência, parece matá-lo”) os termos de ternura se infiltram no texto, mesmo falando com crueza científica sobre as limitações do filho e sobre as próprias incapacidades. O texto se suaviza, cada vez mais consciente. Purgando-se das culpas, finalmente amadurecendo, o narrador se reconcilia com seu eterno passado e o eterno presente do filho. E, nesse processo, a escrita foi fundamental, por ter-lhe permitido descobertas, inclusive a mais importante: vida e escrita são distintas, não devem ser confundidas e precisam “manter uma relação respeitosa e não muito íntima”. Com o penoso retirar das máscaras, e uma reinterpretação do pacto autobiográfico, Tezza elabora, com perícia magistral, uma biografia a ser compartilhada entre pai e filho. E, mesmo que a palavra não seja dita, o sentimento de amor aflora e emociona.O AUTOR: Cristovão Tezza nasceu em Lages (SC), em 1952, mas mudou-se para Curitiba ainda criança. Além de escritor, com mais de uma dezena de livros publicados, leciona na UFPR. É autor, entre outros, de Trapo, O fantasma da infância, Aventuras provisórias, Breve espaço entre cor e sombra, O fotógrafo e O filho eterno.Trecho • O filho eterno Em uma das peças da comunidade, nos anos 1970, como aquela que foi ao palco em São Paulo, o pai representava um mendigo que havia matado a mãe e se confessava num certo Templo das Sete Confissões, em plena Idade Média. Era uma espécie de teatro-verdade, um texto que se foi construindo em improvisos emocionais e emocionados, cada ator criando boa parte de suas falas até o conjunto final ser lapidado pela mão férrea da direção. Havia um pouco de tudo na concepção do projeto, cacos de Jung a Freud, passando por exercícios de humilhação e entrega, sob a sombra de um certo cristianismo medieval impregnado de uma inescapável volúpia da culpa. Cada ensaio era uma sessão quase religiosa — no limite, chegava às vezes a uma verdadeira contrição de penitentes. Na visão do diretor, a concentração não deveria ser a mera expressão de uma técnica, um exercício de autocontrole; deveria ser antes uma fusão com alguma voz verdadeira da alma. A utopia do “sentimento verdadeiro” estava no ar: todos buscavam a “verdade das emoções”, o grito primal, a realidade supostamente bruta e incontrolável dos arquétipos, e nessa busca a fronteira entre o mundo estético e o mundo da vida não tinha nenhuma nitidez.
01/09/2007

A autobiografia é um gênero que sempre provoca reflexões sobre questões de identidade autor/narrador, e as relações que se estabelecem entre leitor e autor; isso para não falarmos de questões como tipos de autobiografia e das fronteiras entre ficção e realidade. Há inúmeras variáveis a se considerar e demonstro aqui com uma breve relação nada completa: O romance Dom Casmurro, que se apresenta como autobiografia; Cerimônia de adeus, memórias de Simone de Beauvoir, que conta a história de um outro, o triste final de Sartre; Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, em que o texto autobiográfico da favelada surge avalizado e editado por uma terceira pessoa, jornalista. Memórias, autobiografias e diários são subgêneros que, por sua vez, problematizam ainda mais esse tipo de escrita. Cristovão Tezza, em O filho eterno, escreve uma autobiografia problematizada pela narrativa em terceira pessoa num gênero que, por muito tempo, foi o feudo da primeira pessoa.

O livro tem duas epígrafes que servem para orientar os leitores na abordagem do texto. A primeira, de Thomas Bernhard, questiona o quesito “verdade” (“o descrito é outra coisa que não a verdade”). O quanto de verdade se pode encontrar num texto, escrito por alguém que já não é mais aquele que viveu os fatos narrados? Ao utilizar-se da linguagem verbal, intermediária que necessita da lógica para sua organização, e ao se colocar na posição de narrador, o autor se afasta dos episódios e os analisa e rearranja, mesmo não sendo essa sua intenção. E, os que lêem o texto “na dor lida sentem bem não as duas que ele teve, mas a que ele não tem” (Fernando Pessoa, citado de memória). Assim sendo, nos afastamos cada vez mais da origem, do acontecimento narrado, na impossibilidade de fazer do texto a própria vida.

A problematização da verdade na narrativa autobiográfica parece datar do surgimento das Confissões de Rousseau. Os textos autobiográficos, antes do autor suíço, se preocupavam em fazer relatos de episódios de vida que engrandecessem ou justificassem os atos passados de seus narradores. Rousseau modifica essa atitude com a proposta de “dizer tudo”, e contar os episódios todos de sua vida, mesmo os mais sórdidos, como o abandono dos filhos. Por maior que seja o desejo de contar tudo, sempre algo precisará ficar de fora. As motivações são sempre múltiplas e por mais que se esmiúcem os detalhes, alguns escaparão. Há toda espécie de “traição”: esquecimento, falta de percepção, mudança de atitude, e a mera impossibilidade física de narrar uma vida como vai acontecendo por razão de transformar a obra em texto ilegível e desconexo. “Em Rousseau, a escrita do je (o eu) se encontra com o jeu (o jogo) da escritura. E com ele se abre, para a modernidade, o paradigma das articulações infinitesimais da identidade, do sujeito e da subjetividade” (Lúcia Helena).

Nesse jogo da escritura, Cristovão Tezza acrescenta uma variável incômoda: a terceira pessoa num texto confessadamente autobiográfico. Qual atitude tomar perante um narrador que, de antemão, reconhece que o protagonista de sua autobiografia não é, nem pode ser ele mesmo, pois os fatos narrados aconteceram com alguém que já não existe mais, ou com alguém que passa a se definir em relação a um outro? Conforme nos ensina a professora Myriam Ávila, a “autobiografia compartilha questões de base com a filosofia, tais como a do conhecimento de si e a convergência possível entre verdade e expressão, configurando-se como um cruzamento inevitável entre aquela disciplina e a literatura”.

Dúvida
Voltamos, assim, às epígrafes do livro, já que a segunda delas, de Kierkegaard, esclarece que pai e filho têm uma relação especular que se resolve no tempo: um olha para o outro e ambos se vêem em momentos diferentes da vida. Há um desdobramento analítico que não nos cabe fazer, mas que é passível de especulação, aproveitando o tema semântico — o jovem imaturo e sonhador que recebe um filho que não poderá duplicar, nem replicar, seu lado adulto e intelectualizado, mas que revelará uma faceta mal resolvida do jovem órfão, do jovem sem pai, condenado, por isso, a uma falta de modelo adulto. Pergunta-se, então: quem é, em última análise, esse filho eterno? Felipe ou seu pai?

O texto começa com o nascimento do bebê. A mulher avisa que chegou a hora e começa, então, o percurso do texto. Lemos: “em matéria de novidade, amanhã ele seria tão novo quanto o filho”. Ambos, então, estão juntos nesta viagem de conhecimento. Pai e filho estabelecem uma relação de complementaridade, um só o é por causa do outro. Nas idas e vindas da narrativa, lemos as memórias de uma outra era, de alguém que vivia apenas de futuro, que era uma promessa e se percebia com um papel a desempenhar: “só a expectativa de um futuro vago e mal desenhado”, diz o narrador, numa frase que se torna ambiguamente referente ao filho e ao pai, nascentes. Quando, ao final do primeiro capítulo, o médico chega para informar o nascimento, é saudado com um sonhador:

— Tudo bem? — ele pergunta, por perguntar: a cabeça já está no mês seguinte, sete meses depois, um ano e três meses, cinco anos à frente, o filho crescendo, a cara dele.

A esse pai alojado no futuro, no entanto, cabe um filho que viverá eternamente no presente (“O tempo será sempre um presente absoluto.”)

As histórias vão se desenrolando paralelas: o filho, instado para tornar-se “normal”, rejeitado a princípio, vai adquirindo uma identidade própria dentro de suas limitações. Se o primeiro vínculo entre pai e filho é tênue — o incessante colocar do dedo na palma da mão da criança, a fim de que esta cerre os dedinhos em torno deste dedo (o consolo de existir pelo menos esse tipo de reação “normal”) —, e se a rejeição é um dado importante, a ser domesticado, pouco a pouco se observa o surgimento de certa simpatia. A criança rejeitada vai conquistando seu lugar, penosamente. Na vitória do filho, o que se enxerga, porém, é o fracasso do pai. No episódio em que se narram os esforços da criança para subir, sem ajuda, no banco do motorista, lemos a crise de alguém que se reconhece no outro — “Pai e filho são parecidos, espelham-se naquele instante violento e absurdo”. Este, que parece o momento mais terrível, aquele de maior afastamento entre criança e adulto é também o momento em que se igualam, em que mais se assemelham, presos a síndromes diferentes, mas que os impedem de sair da infância eterna. Narrar esse episódio cheio de pathos é o primeiro passo deste Adão que tenta organizar seu mundo:

Dar nome às coisas. Escrever é dar nome às coisas. Ele não pode dizer: dar nome às coisas tais como elas são — porque as coisas não são nada até que digamos o que elas são. Que coisa é meu filho?

É com clareza que o autor examina e revela o passado. De fora, tempos depois, longe já do olho do furacão que o arrasta à violência e ao abandono, ele contempla e nomeia o que por muito tempo ficou inominável. Abjurando as teorias de Rousseau, é o momento que mais se aproxima da confissão em si, em que pratica o “dizer tudo”, e em que revela sua humanidade: “A natureza não tem alma alguma, e, deixados à solta, seremos todos pequenos e grandes monstros”. Mas o autor não deixa o texto à solta, bem como o pai não abandona o filho, o de ontem e o de agora. As crises ainda se sucedem, mas a aceitação germina, desde os primeiros contatos. A teimosia pode ser lida como tenacidade, e são esses esforços perseverantes que vão resgatando esse filho. O pai “cientista” e o pai “esperançoso” encontram o pai “amoroso”, mas o desenvolvimento é lento e penoso. Somente crises provocam avanços, e é na crise do desaparecimento da criança que sua união se solidifica. Para espanto de quem já pensara em abandonar a criança imperfeita (“o mesmo filho que ele desejou morto assim que nasceu, e que agora, pela ausência, parece matá-lo”) os termos de ternura se infiltram no texto, mesmo falando com crueza científica sobre as limitações do filho e sobre as próprias incapacidades. O texto se suaviza, cada vez mais consciente. Purgando-se das culpas, finalmente amadurecendo, o narrador se reconcilia com seu eterno passado e o eterno presente do filho. E, nesse processo, a escrita foi fundamental, por ter-lhe permitido descobertas, inclusive a mais importante: vida e escrita são distintas, não devem ser confundidas e precisam “manter uma relação respeitosa e não muito íntima”.

Com o penoso retirar das máscaras, e uma reinterpretação do pacto autobiográfico, Tezza elabora, com perícia magistral, uma biografia a ser compartilhada entre pai e filho. E, mesmo que a palavra não seja dita, o sentimento de amor aflora e emociona.

LEIA O PAIO LITERARIO COM CRISTOVÃO TEZZA

O filho eterno
Cristovão Tezza
Record
222 págs.
Cristovão Tezza
Nasceu em Lages (SC), em 1952, mas mudou-se para Curitiba ainda criança. Além de escritor, com mais de uma dezena de livros publicados, leciona na UFPR. É autor, entre outros, de Trapo, O fantasma da infância, Aventuras provisórias, Breve espaço entre cor e sombra, O fotógrafo e O filho eterno.
Lúcia Bettencourt

É vencedora do Prêmio SESC de Literatura 2005 com o livro de contos A secretária de Borges (Record, 2006), do Prêmio Josué Guimarães (2007) pelos contos A mãe de ProustA caixa Manhã, e também do Prêmio Osman Lins da Cidade do Recife. É colaboradora do Rascunhoe do suplemento literário Idéias, do Jornal do Brasil. Publicou também Linha de sombra (Record, 2008). A novela O amor acontece será lançada em breve.

Rascunho