A democracia (?) dos jornais — onde pululam idiossincrasias, bizarrices, verdades, mentiras e um jogo sem fim de interesses — é a máquina para medir a importância do texto curto (literário, é claro) no cotidiano do leitor, seja ele laico, mediano, erudito, enfim, uma miscelânea de pensamentos que compõem a fauna humana. No embate entre a brevidade do texto — estimulada pela propagada “falta de tempo” do leitor de hoje, grande hipocrisia já que para olhos mais argutos importa nada a extensão do texto, mas sim o deleite que ele é capaz de provocar — digladiam-se o conto e a crônica. A luta é desigual: o conto agoniza e está relegado a um número cada vez mais restrito de leitores; enquanto que a crônica posa esbelta e com saúde invejável a cada dia nas páginas dos jornais. É um sem-fim de cronistas destilando idéias, rabiscando teorias, a maioria rasa como os rios do nordeste, criticando tudo e todos, e tentando buscar soluções para a vida do Brasil, como se isso dependesse de teorias e não de ações. a posa esbelta e com saúde invejável a cada dia nas páginas dos jornais. É um sem-fim de cronistas destilando idéias, rabiscando teorias, a maioria rasa como os rios do nordeste, criticando tudo e todos, e tentando buscar soluções para a vida do Brasil, como se isso dependesse de teorias e não de ações.