Prêmio Paraná
A Biblioteca Pública do Paraná anunciou em meados de dezembro os vencedores do Prêmio Paraná de Literatura. O prêmio avaliou 1.852 trabalhos inéditos inscritos em três categorias. Kzar Alexander, o louco de Pelotas, de Lourenço Cazarré, foi eleito o melhor romance (Prêmio Manoel Carlos Karam). Todo esse amor que inventamos para nós, de Raimundo Neto, foi escolhido como melhor livro de contos (Prêmio Newton Sampaio). Lição da matéria, de Daniel Arelli, ganhou na categoria poesia (Prêmio Helena Kolody). Cada autor terá a sua obra publicada pela Biblioteca e receberá R$ 30 mil.
Prêmio APCA
A Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) também anunciou os vencedores do prêmio nas categorias Arquitetura, Artes visuais, Cinema, Dança, Literatura, Música popular, Rádio, Teatro, Teatro infantil e Televisão. Na categoria Literatura, Entre as mãos, de Juliana Leite, foi escolhido como melhor Romance/Novela. Em Contos/Crônica, o vencedor foi Rodrigo Lacerda com Reserva natural. Nenhum mistério, de Paulo Henriques Brito, levou na categoria Poesia. Letícia Mei foi a escolhida em Tradução por sua versão para o português de Sobre isto, de Vladímir Maiakóvski. Percursos da poesia brasileira, de Antonio Carlos Secchin, foi o escolhido na categoria Ensino. Em Infantil/Juvenil/Quadrinhos, os escolhidos foram Bianca Pinheiro e Greg Stella com a HQ Eles estão por aí. A autobiografia de Lúcio Costa, Registro de uma vivência, ganhou Grande Prêmio da Crítica.
Contos polêmicos
Em dezembro de 2017 o conto Cat person, de Kristen Roupenian, viralizou após ser publicado na revista The New Yorker. O texto, cujo tema central é o romance contemporâneo, levantou um grande debate sobre a questão dos relacionamentos abusivos, gordofobia, misoginia e outros temas que ainda reverberam um ano depois de ganhar as páginas e o site da prestigiosa revista norte-americana. Na metade daquele mês, a Companhia das Letras adquiriu os direitos da obra. Cat person e outros contos percorre, ao longo de suas 256 páginas, 12 relatos que tratam do cotidiano da nossa sociedade hiperconectada.
João do Diabo
Após as denúncias de assédio sexual contra o médium João de Deus, a Companhia das Letras anunciou que não irá distribuir o livro João de Deus: um médium no coração do Brasil, escritor por Maria Helena Pereira Toledo Machado. De acordo com comunicado da editora, a decisão foi tomada em conjunto com a autora, e representa um gesto de solidariedade às vítimas.
Fofão da Augusta
Fofão da Augusta? Quem me chama assim não me conhece, reportagem de Chico Felletti sobre o morador de rua Ricardo Corrêa da Silva, será publicado em livro pela Todavia entre fevereiro e março. Ricardo e Vânia narra a história do icônico personagem paulistano e sua relação com Vânia, mulher transgênero com quem Ricardo manteve um relacionamento ao longo de vários anos e que hoje é prostituta em Paris. O livro nasceu depois que Vânia entrou com contato com o jornalista para contar mais detalhes sobre a vida do casal. Para terminar o relato, Felletti viajou à capital francesa, onde passou algumas semanas e de onde voltou com parte do acervo de 20 mil fotografias de Vânia.
Na telinha
Best-seller internacional, A mulher do meu marido, de Jane Corry, será transformada em série. Os direitos da obra foram adquiridos pela produtora Big Talk, responsável por Em ritmo de fuga, em parceria com a norte-americana Mr. Mudd, que adaptou Juno e As vantagens de ser invisível. O livro de Corry é um thriller psicológico que se passa em Londres, com uma história sobre amor, casamento e assassinato. A data de estreia da série ainda não foi divulgada.
Breves
• Monteiro Lobato deve ganhar novas edições em breve. O autor entra em domínio público a partir deste ano. Atualmente, os direitos pertencem à editora Globo.
• A tradutora Lia Wyler, conhecida por ver para o português a saga de Harry Potter, morreu no começo de dezembro. Ela já havia sofrido dois AVCs, um deles após terminar Harry Potter e as relíquias da morte.
• O escritor francês Joseph Joffo, autor de Os meninos que enganaram os nazistas, morreu aos 87 anos. O livro, publicado originalmente em 1973, conta a história de Joffo e seu irmão, que escaparam do exército de Hitler e vendeu mais de 20 milhões de cópias.
• A Record publicará neste ano pelo selo Rosa dos Tempos A mística feminina, de Betty Friedan.