A Estação das Letras, no Rio de Janeiro, está completando 28 anos. Para celebrar a data, Ana Maria Machado conversa com o público sobre “leituras, leitores e escritores” nesta terça-feira, no Sesc do Flamengo (Rua Marquês de Abrantes, 99), às 18h. O evento é gratuito e presencial.
Ana Maria Machado nasceu em Santa Teresa (RJ), em 1941. Tem mais de 120 livros publicados no Brasil e no exterior, com cerca de 20 milhões de exemplares vendidos. Foi jornalista, pintora e professora universitária antes de se tornar uma das mais destacadas escritoras brasileiras da atualidade.
Formou-se em Letras Neolatinas, em 1964, e fez estudos de pós-graduação na UFRJ. Fez doutorado em Linguística e Semiologia, em Paris. Recebeu três Prêmios Jabuti.
Trajetória
Segundo Suzana Vargas, fundadora da Estação das Letras, Ana Maria Machado, para além da importância da sua produção no cenário literário, coroa o aniversário da instituição, pois a Estação das Letras “nasceu sob sua benção, desde o início, quando as oficinas não existiam como hoje e éramos olhados com desconfiança sobre a real possibilidade de se ensinar a escrever romances e poemas”.
“Há quase três décadas, o autor era tratado como alguém que produzia apenas sob inspiração e não se falava em técnica. Ana Maria não somente acreditou no projeto, como participou ativamente dando cursos e frequentando como autora os eventos.”
A Estação das Letras foi criada em 1996 por Suzana Vargas, escritora, professora de literatura e uma das pioneiras em oficinas literárias, ao trabalhar na OLAC no início dos anos 80 com o professor Afrânio Coutinho.
Após o lançamento do projeto Rodas de Leitura, que lotou plateias em centros culturais cariocas entre a década de 90 e 2005, Suzana teve o apoio de amigos escritores para fundar a Estação.
Em 2017, a Estação se transformou no Instituto Estação das Letras, uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos com o objetivo de continuar e para ampliar ainda suas ações em favor do livro e da leitura.
Mais de 30 mil alunos passaram pela Casa: 600 publicaram livros e 10% foram premiados. Quatro mil professores foram capacitados por mentores como Ruy Castro, Marina Colasanti, Cleonice Berardinelli, Ferreira Gullar, Ana Maria Machado, Antônio Carlos Secchin, Frei Betto, Antônio Cícero e Gonçalo M. Tavares, entre outros nomes importantes.