Em seu novo romance, o gaúcho Samir Machado de Machado homenageia o gênero policial ao narrar uma trama que se passa em meio à ascensão do Terceiro Reich e à perseguição nazista aos gays da Berlim dos anos 1930.
O crime do bom nazista, recém-lançado pela Todavia, tem início em 1933. Um zepelim vindo da Alemanha deixa Pernambuco em direção ao Rio de Janeiro. Em meio a uma transformação mundial, em que o pós-guerra deu lugar a nacionalismos, autoritarismos e perseguições, o enorme lz 127 Graf Zeppelin seguia como um retrato do que havia de mais moderno na Europa.
A viagem em nada devia a cruzeiros e trens de luxo, como o célebre Expresso do Oriente, e seus passageiros eram comerciantes, médicos, herdeiros. Tudo era pensado para uma clientela acostumada com o melhor. Tudo, menos um misterioso e terrível assassinato no meio da noite. Há um policial a bordo e um criminoso à solta, e todos — o médico eugenista, o crítico de arte, o comissário de bordo — são suspeitos.
Samir Machado de Machado nasceu em Porto Alegre, em 1981. É escritor, tradutor e e mestre em escrita criativa. Publicou, entre outros livros, Tupinilândia.