Em seu romance de estreia, Diógenes Moura tem a morte de sua única irmã como ponto de partida para criar uma narrativa que, apesar de lidar com o luto, celebra a vida e memórias familiares. O livro, que começou a ser escrito na manhã de 30 de junho de 2018, nasceu de uma ligação: “Semana passada senti dores nas costas. Fiz uma tomografia, estou com um câncer no pâncreas!”. A partir daí, entre São Paulo e as constantes viagens para visitar a irmã em Salvador, Moura pôs no papel — com toques oníricos, em uma espécie de prosa poética — a trajetória da pessoa que, dali a seis meses, seria levada pelo câncer.