Paulo Roberto Pires, editor da revista de ensaios serrote, do Instituto Moreira Salles, vem observando e debatendo a vida e a cultura no Brasil há pelo menos 30 anos. Colunista das revistas Época e Quatro Cinco Um, ele reuniu 34 crônicas publicadas nos últimos anos sobre a ascensão de Bolsonaro à presidência da República e a implantação de sua política de perseguição às artes, à universidade, ao jornalismo e aos direitos humanos. A partir de episódios do dia a dia do governo, como a nomeação de Regina Duarte (“a noivinha do Brasil fascista”) para a Secretaria Especial de Cultura, Pires mostra como a autoproclamada isenção de intelectuais, jornalistas, políticos e outras figuras do debate público ajudou na instauração de um fascismo à brasileira. Pires oferece ao leitor uma visão sem meias palavras sobre a ameaça do bolsonarismo à cultura, à liberdade de imprensa e à democracia no país.