Depois do elogiado Margem de manobra, de 2005, Claudia Roquette-Pinto retorna à poesia com Alma corsária, publicado pela Editora 34 e que traz versos bastante influenciados pela paisagem carioca.
“A natureza, especialmente o mundo vegetal, tão exuberante na paisagem carioca, é presença constante no universo poético de Claudia Roquette-Pinto, e através dela se dá uma constante renovação de maravilhamento (o poeta é, antes de tudo, um maravilhado). Ao mesmo tempo, a poeta inveja essa excessiva beleza solar, o mundo não-humano para sempre inconsciente e contido em si”, diz o texto de orelha assinado por Renato Rezende.
Esse é o sexto livro de poesia de Claudia, que estreou em 1991 com a coletânea Os dias gagos, seguido de Saxífraga (1993), Zona de sombra (1997), Corola (2001), vencedor do Prêmio Jabuti de Poesia em 2002, e Margem de manobra (2005), finalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira em 2006.
Nascida no Rio de Janeiro, Claudia viveu na Califórnia durante o ano de 1980 como estudante na San Francisco State University. Graduou-se em Tradução Literária pela PUC-RJ em 1986, e de 1985 a 1990 dirigiu o jornal Verve, de literatura e artes.
Seus poemas foram traduzidos para várias línguas, entre elas, o inglês, o espanhol, o francês, o alemão e o catalão e incluídos em diversas antologias e publicações nacionais e estrangeiras.