🔓 Mutarelli volta a misturar ficção e autobiografia em “O livro dos mortos”

Romance tem como personagem principal Pompeu Porfírio, que ganha a vida contando histórias pessoais a desconhecidos
Lourenço Mutarelli, autor de “O livro dos mortos” (Foto Marcos Vilas Boas: Divulgação)
24/08/2022

O novo romance de Lourenço Mutarelli, O livro dos mortos, traz de volta a autoficção narrativa, elemento que consagrou o autor em livros como O cheiro do ralo. No romance, Pompeu Porfírio Júnior ganha a vida contando histórias: as pessoas lhe pagam para que sente ao lado delas e conte o que viveu. Como um intermediário-inventor, Pompeu arquiteta mundos para que elas os habitem. Ali, se apaixonam, se decepcionam, gozam e sofrem.

Contudo, Pompeu tem seus demônios particulares e, ao ser denunciado ao tribunal da inquisição, passa a responder por crimes que não conhecia. Sem saber quem o acusara, o contador de histórias relembra sua vida e dela monta um caleidoscópio, revisitando desde a infância até a maioridade e ao infarto que quase o matou.

Lourenço Mutarelli é autor de diversos álbuns de quadrinhos, entre eles Transubstanciação (1991) e a trilogia do detetive Diomedes: O dobro de cinco, O rei do ponto e A soma de tudo I e II.

Escreveu peças de teatro — reunidas em O teatro de sombras (2007) — e os livros de ficção O cheiro do ralo (2002, adaptado para o cinema em 2007); O natimorto (2004, adaptado para o cinema em 2008); A arte de produzir efeito sem causa (2008, adaptado para o cinema em 2014); Miguel e os demônios (2009); Nada me faltará (2010); O grifo de Abdera (2015) e O filho mais velho de Deus e/ou Livro IV (2018).

O livro dos mortos
Lourenço Mutarelli
Companhia das Letras
528 págs.
Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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