Para o autor da obra, Freyre foi um “historiador que tenta não se limitar à lógica histórica nem à exata cronologia”. A partir dessa premissa, o jornalista, poeta e professor faz um mergulho na obra de um dos grandes intelectuais brasileiros, que teve no ambiente rural e escravocrata de Recife — do século 19 e início do 20 — a base para sua produção de romances e não ficção, nos quais o pernambucano não raro se posicionava como um personagem. “História íntima é uma expressão dos escritores franceses Jules (1830-1870) e Edmond de Goncourt (1822-1896) que, por assim dizer, norteou a concepção de história do jovem Gilberto Freyre e da qual não se separou, na prática, ao longo de toda a vida. Consiste em encontrar as camadas mais ocultas e secretas da história, inclusive as mais indiscretas”, explica o autor em entrevista à Cepe, responsável pela publicação do livro.