🔓 “Virgindade inútil”, lançado em 1927, ganha reedição

Nesta “novela de uma revoltada”, Ercilia Nogueira Cobra combina sátira, drama e argumentação naturalista para criar um libelo contra o patriarcado
Detalhe da capa do livro “Virgindade inútil”, de Ercilia Nogueira Cobra
07/06/2022

Em Virgindade inútil: novela de uma revoltada, em pré-venda pela Carambaia, Ercilia Nogueira Cobra combina sátira, drama e argumentação naturalista para desenvolver um libelo contra o patriarcado.

Publicada originalmente em 1927, a obra da autora paulista — nascida em 1891, em Mococa — se passa na Bocolândia. Habitado por bocós, esse local mantém o analfabetismo para que seu povo continue estúpido.

Nesse mesmo tom questionador e de vanguarda, Ercilia constrói uma protagonista que é pró-aborto e simpatiza com o lesbianismo. A narrativa, que já tratava de temas que ainda hoje são espinhosos, foi censurada pelo Estado Novo e acredita-se que a autora tenha sido presa.

Para jogar luz em uma trajetória pouco conhecida, a pesquisa Maria Lúcia de Barros Mott assina uma biografia da escritora, incluída na edição da Carambaia, e a historiadora Gabriela Simonetti Trevisan é responsável pelo posfácio da obra.

Virgindade inútil: novela de uma revoltada
Ercilia Nogueira Cobra
Carambaia
176 págs.
Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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