O imortal Ivan Junqueira (1934-2014) deixou um conjunto de poemas inéditos, boa parte escrita em sua primeira juventude (1954-58). A Editora Lacre uniu esses poemas a desenhos, também inéditos e que revelam outra faceta do poeta, no volume Poemas e desenhos inéditos, que será lançado nesta terça-feira (31), às 17h, no Teatro Raimundo Magalhães Júnior, na Academia Brasileira de Letras. Na edição de novembro de 2021, o Rascunho publicou alguns do textos do livro.
O evento conta com apresentação da editora Flávia Portela, da Lacre, mediação de Antonio Carlos Secchin e participação de Alexei Bueno e Ricardo Vieira de Lima. A primeira tiragem da obra terá 250 exemplares e será lançada como uma edição exclusiva, com capa dura, manuscritos, 45 poemas — datilografados, numerados pelo autor e cuidadosamente guardados pela viúva Cecília Costa — e 22 desenhos coloridos, além de um finger animation, com 12 quadros cedidos pela filha, Suzana Junqueira.
A obra se completa com o prefácio do crítico literário Ricardo Vieira Lima e o texto do poeta e ensaísta Alexei Bueno na quarta capa. A jornalista e viúva Cecília Costa assina uma curiosa apresentação, narrando o sumiço e o reaparecimento da “pasta amarela”, que o autor lhe entregou pouco antes de falecer, aos 80 anos de idade. As próximas tiragens seguirão com acabamento em brochura e desenhos em preto e branco.
Ivan Junqueira foi presidente da Academia Brasileira de Letras entre 2004 e 2005. Venceu o Prêmio Jabuti quatro vezes e recebeu o Prêmio Nacional de Poesia por A rainha arcaica e o Prêmio Assis Chateaubriand pelo livro de ensaios À sombra de Orfeu. Também foi tradutor de várias obras, entre elas, As flores do mal, do poeta francês Charles Baudelaire.