No romance O marinheiro que perdeu as graças do mar, lançado pela Estação Liberdade, Yukio Mishima narra a trajetória do ambicioso Ryuji Tsukazaki, que dá nome à obra, e as descobertas do garoto Noboru.
A construção dos personagens e a forma como o livro é dividido, entre Verão e Inverno, indicam o teor de uma história marcada por dualidades e conflitos — que se estendem à forma literária escolhida pelo japonês, valorizando diferentes pontos de vista.
“Noboru sabia que, ao mesmo tempo que era tratado com carinho, também era temido. Essa doce intimidação o inebriava. Ao dirigir a eles a frieza de seu coração, percebia-se um leve sorriso no canto de seus lábios”, diz trecho da obra, considerada pelo The Guardian um “grito de angústia do pós-guerra”.