No romance Cidade das estátuas, ambientado nos anos 1970, Márcio Blanco Cava narra o encontro entre o pacato Ambrosiano Maria Maria e a misteriosa Lúcia. A partir disso, na narrativa lançada pela Mireveja, questões que assombram o país até hoje vêm à tona.
“A obra reflete sobre o Brasil, sua formação, a construção de sua identidade. Mas o drama da paixão vivida pelo protagonista compõe um universo peculiar, capaz de cruzar realidade, fantasia, lirismo”, anota a crítica Lúcia Facco no texto de orelha.
O autor nasceu em Cafelândia, no interior de São Paulo, e utilizou o nome Márcio ABC por muito tempo. Estreou na literatura em 2002, com Parabala, e publica com regularidade desde então. Seu sétimo romance, Cidade das estátuas, dá seguimento à linha que o paulista adotou em histórias anteriores.
“O tema da ditadura militar e a realidade do país sempre me moveram e estão presentes na maioria dos meus livros”, conta. “No entanto, com Cidade das estátuas, sinto que consegui dar um salto em termos de linguagem, experimentando mais, ousando mais, sem perder o foco na história brasileira e projetando para os dias atuais.”