A clássica voz não confiável, aqui sem nome ou gênero, narra o romance do autor carioca. Há poucas certezas, como a de que houve cinco maridos no passado de quem narra e que o catecismo não lhe impediu de seguir pecando, em meio a um turbilhão de dúvidas — ou mentiras? “minto tanto que às vezes não sei diferenciar a realidade do que inventei”, diz um trecho. Para Maria Valéria Rezende, trata-se da “leitura mais espantosa, provocativa e mais completa como testemunho desse momento”.