Nos contos do livro Quando deixamos de entender o mundo, em pré-venda pela Todavia, o chileno Benjamín Labatut revisita a trajetória e descobertas de grandes nomes da ciência, como Einstein, Heisenberg e Alexander Grothendieck, utilizando toques de ficção para tornar as histórias ainda mais fascinantes.
Grothendieck, por exemplo, foi um alemão com influência decisiva nos rumos da álgebra e geometria. Ofereceram a ele a Medalha Fields, considerada o Nobel da área, mas o matemático recusou-a e viveu afastado de seus pares, negando-se a compartilhar suas pesquisas individuais.
A história desse cientista teria alguma ligação com a trajetória do japonês Shinichi Mochizuki, que em 2012 publicou artigos demonstrando uma das mais importantes conjecturas da teoria dos números, considerada impossível de resolver até então, e acabou não sendo compreendido?
É nesse tipo de relação, e nesses terrenos algo impenetráveis, que Labatut — finalista do International Booker Prize 2021 — mergulha. O autor nasceu em Rotterdam, na Holanda, em 1980. Vive em Santiago desde os 14 anos.