Cartas #junho_09

A opinião, comentários e sugestões dos nossos fiéis leitores
Fotos: Daniel Mordzinsk, Maria Mendes e Matheus Dias/ Nume Comunicação
01/06/2009

Assis Brasil
Luiz Antonio de Assis Brasil viaja, perde o rumo em seu texto Escrever, todos escrevem (Rascunho de maio #109), mas segue exatamente o senso comum literário: em suma, nos diz que a literatura (ou fazer literário) é para poucos, os iniciados, os bons, os detentores. Brasil faz coro aos seus confrades, classifica a literatura e solidifica a qualidade, substantivos tão maleáveis quanto os grupos que o consomem ou o determinam. Com isso, só se reforça o status quo vazio onde se apóiam inteiramente os membros do campo literário. Lamentável que a discussão desse cenário esteja restrita aos bancos acadêmicos, ao passo que os “literatos” vivem e interagem em um cenário hermético e pautado no impalpável (para cair na real, vale a leitura de As regras da arte, de Pierre Bourdieu).
Liana Aragão • Brasília – DF

Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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