Depois de retratar ficcionalmente figuras como Nelson Rodrigues e Stefan Sweig, a carioca Adriana Armony traz para o centro de seu novo romance a escritora e artista plástica Patrícia Galvão, a Pagu.
Pagu no metrô caminha na fronteira entre ficção, relato pessoal e pesquisa histórica ao contar a história da artista modernista, mais especialmente, sua pouco conhecida temporada na França, entre 1934 e 1935.
A ficção ganha novos contornos com a descoberta real de documentos e fotografias inéditas que ressignificam o exílio de Pagu em Paris, remontando o quebra-cabeças de suas faces de mulher-intelectual-ativista sempre cercadas de mitos e distorções.
Pagu foi uma intelectual engajada. Publicou, em 1933, Parque industrial, primeiro romance proletário brasileiro. Além de sua vasta produção jornalística, é também autora (junto com Geraldo Ferraz) do romance A famosa revista e dos contos policiais Safra macabra.
“Pagu no metrô não é biografia nem autobiografia, é testemunho de vida de duas mulheres a quem não faltou coragem”, escreve Beatriz Resende na quarta capa do livro.
Pagu no metrô é o quinto livro de Adriana Armony. Antes, publicou A fome de Nelson (Record, 2005), Judite no país do futuro (Record, 2008), Estranhos no aquário (Record, 2012), premiado com a bolsa de criação literária da Petrobras, e A feira (7Letras, 2017), que foi finalista do Prêmio Rio de Literatura.