Quinze pesadelos de infância se tornam ainda mais aterrorizantes neste conjunto do autor mexicano. Potencializadas pelos traços de Israel Barrón, as narrativas evidenciam medos que costumam acompanhar os pequenos. O mágico, O parque e Dentes são alguns dos contos da obra. Na história de abertura, uma visita ao circo não sai exatamente como o esperado. “Tudo aconteceu rapidamente”, diz um trecho. “Sua irmãzinha entrou no caixão agitando uma das mãos em sinal de despedida e o mágico fechou a porta e enfiou as doze espadas através da tampa e das paredes de madeira.” Para André Caramuru Aubert, tradutor da obra e colaborador do Rascunho, é “difícil dizer se este é um livro de histórias para crianças ou, como sugere o título, uma pavorosa coleção de pesadelos”. “Mas uma coisa é certa: não se recomenda sua leitura à noite, na cama, antes de dormir”, continua. “Genial, O caderno dos pesadelos é uma obra que fica reverberando na mente do leitor, que consegue ser, ao mesmo tempo, aterrorizante e bela.”