Em seu novo livro de poemas, Sonetos de amor e sacanagem, o escritor, ator e roteirista Gregorio Duvivier combina o rigor da forma fixa com seu já conhecido humor. Nos 48 sonetos, o escritor visita uma ampla galeria de assuntos, como a angústia e o tédio da adolescência.
“Ah, o amor — te dirão — é coisa séria!/ mas, depois de brincar de gato e rato,/ quem brincou já não quer pagar o pato/ e do amor só herdamos a bactéria”, diz um dos poemas.
Conhecido por trafegar em diversos meios de comunicação, ele comenta o noticiário, a política, o Brasil e a pandemia. Analisa a língua portuguesa, os modismos importados na Faria Lima, a pecha de preguiçoso do carioca, as manias lusitanas e os cacoetes franceses.
Há dois temas, no entanto, que se sobressaem em meio a tantos outros: o amor e o sexo, que aparecem sempre acompanhados doses de niilismo, paranoia, obsessão e autoironia.
Gregorio Duvivier nasceu no Rio de Janeiro, em 1986. Formado em letras pela PUC-Rio, apresenta o programa Greg News, é um dos idealizadores do coletivo Porta dos Fundos e assina uma coluna semanal na Folha de S.Paulo.
Entre outros livros, publicou A partir de amanhã eu juro que a vida vai ser agora (7Letras, 2008) e Ligue os pontos: poemas de amor e big bang (Companhia das Letras, 2013).