A cantora Maria Bethânia e o jornalista e escritor Humberto Werneck foram eleitos para as Academias de Letras de seus Estados de origem, a Bahia e Minas Gerais, respectivamente. Bethânia vai ocupar a Cadeira 18 da Academia de Letras da Bahia, que era do historiador, ensaísta e professor Waldir Freitas Oliveira, morto em 17 de junho, aos 92 anos. A cantora será a 5ª titular da cadeira que tem como patrono o advogado Zacarias de Góes e Vasconcelos.
Já Werneck foi eleito para a Academia Mineira de Letras com 33 votos na tarde desta segunda-feira (11). Ele ocupará a cadeira de número 5, cujo fundador foi Amanajós de Araújo e o patrono é José Maria Teixeira de Azevedo Junior, ocupada anteriormente por Zoroastro Passos, Christiano Martins, Francisco Magalhães Gomes, Miguel Augusto Gonçalves de Souza e a acadêmica Carmen Schneider Guimarães, que faleceu em julho deste ano.
Bethânia
Mesmo não tendo produção literária de destaque, Bethânia foi eleita por ser “uma defensora das letras” e “divulgar em seus espetáculos as obras de nomes como Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Sophia de Mello Breyner Andresen, Guimarães Rosa entre outros”, segundo a ALB.
A Academia de Letras da Bahia ainda destacou que Bethânia “escreveu e divulgou textos de sua própria autoria, tendo pontuais incursões na composição”.
Bethânia é autora de Omara & Bethânia — Cuba & Bahia, livro que acompanha o DVD de mesmo nome, que registrou o encontro da baiana com a cantora cubana Omara Portuondo.
Nascida em Santo Amaro da Purificação, Maria Bethânia Teles Veloso tem 75 anos e tem mais de 55 anos de carreira musical.
Werneck
Já Humberto Werneck tem longa trajetória na literatura e imprensa brasileira, tendo iniciado sua carreira no Suplemento Literário de Minas Gerais a convite do escritor Murilo Rubião. Depois, trabalhou em importantes veículos da imprensa de São Paulo, cidade em que vive desde os anos 1970, como Jornal da Tarde, Veja, Jornal da República, IstoÉ, Jornal do Brasil e Elle.
Atualmente, é editor sênior da revista Quatro Cinco Um e editor do Portal da Crônica Brasileira, do Instituto Moreira Salles.
É autor de, entre outros livros, O santo sujo — A vida de Jayme Ovalle (2008), O pai-dos-burros – Dicionário de lugares-comuns e frases feitas, Esse inferno vai acabar (2011) e Sonhos rebobinados (2014).