🔓 “O que fazer”, de Pablo Katchadjian, é guiado pela incerteza

Romance do autor argentino tem como base uma pergunta impossível de se responder; a partir daí, narrativa se desdobra em diversas interrogações
Pablo Katchadjian, autor de “O que fazer”
30/08/2021

No romance O que fazer, o argentino Pablo Katchadjian — conhecido por seu experimentalismo — dá voz a dois personagens que, movidos pela dúvida, enfrentam situações absurdas. O lançamento é da Relicário, com tradução de Wladimir Cazé.

Tudo começa com uma pergunta — do tipo que não pode ser respondida, feita por um aluno de uma universidade inglesa. A partir daí, a narrativa se desdobra em inúmeras interrogações, conduzindo o leitor por lugares como trincheiras, discotecas, aeroportos.

Os personagens que povoam esses locais são, também, os mais variados. Bêbados, fascistas e mulheres nuas habitam as páginas deste livro que, nas palavras do crítico Damián Tabarovsky, “se movimenta com perfeição na herança do nonsense, na tradição de Queneau, no jogo de palavras, no humor radical, na engenhosidade”.

Nascido em Buenos Aires, em 1977, Katchadjian transita por vários gêneros literários — romance, conto, ensaio, poesia. No Brasil, a DBA lançou a peça A liberdade total, adaptada para o teatro por Felipe Hirsch.

O que fazer
Pablo Katchadjian
Trad.: Wladimir Cazé
Relicário
128 págs.
Rascunho

O Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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