Nos cinco ensaios de Goethe e seu tempo, em pré-venda pela Boitempo, o filósofo húngaro György Lukács analisa a relação de um dos autores mais importantes da língua alemã com seu contexto histórico. É a 10ª obra da “Biblioteca Lukács”.
Nos textos, escritos durante a década de 1930, Lukács aproxima o autor de Os sofrimentos do jovem Werther (1774) de outras importantes — e decisivas — figuras daquela época, como os poetas Hölderlin e Schiller.
De acordo com o professor Miguel Vedda, que assina a apresentação da obra, o conjunto é um ponto de inflexão importante na obra do filósofo, pois é quando ele se debruça mais seriamente sobre a análise da herança da cultura burguesa.
“Pode-se ver claramente que o jovem Goethe é partícipe do processo universal de desenvolvimento do Iluminismo e, em seu âmbito, do Iluminismo alemão, o qual, por seu turno, é fenômeno colateral e companheiro de lutas daquele grande processo que prepara ideologicamente a Revolução Francesa”, anota Lukács em um dos ensaios.
György Lukács nasceu em Budapeste, na Húngria, em 1885. Influente filósofo marxista e dono de alguns importantes títulos de crítica literária, publicou A teoria do romance (1916), História e consciência de classe (1923) e Estética (1963), entre outros livros.