As histórias de Discurso sobre a metástase, em pré-venda pela Todavia, colocam André Sant’Anna novamente em circulação. O autor mineiro estava há seis anos, desde O Brasil é bom (2014), sem lançar livro.
A nova publicação, a exemplo da anterior, vem para retratar a loucura e a tragédia de um país em ruínas. Os aliados de Sant’Anna nessa missão são o humor absurdo e um trabalho de linguagem radical — as únicas ferramentas capazes de captar a grotesca realidade brasileira.
No romance O paraíso é bem bacana (2006), vale lembrar, André parece ter dado o pontapé inicial na radicalização de sua linguagem literária — com muitas repetições, gírias, obsessões, ironia — ao contar a história do tímido jogador de futebol Mané, um menino que se explode feito homem-bomba e vai viver as mil e uma maravilhas que o título da obra sugere.
André Sant’Anna nasceu em Belo Horizonte (MG), em 1964. Estreou na literatura com Amor, de 1998, e publicou outros seis livros — incluindo o novo, Discurso sobre a metástase.