“Quase todos os males que conhecemos resultam do trabalho ou de viver num mundo pensado para o trabalho. Se queremos parar de sofrer, temos que parar de trabalhar.” As falas iniciais do personagem (sem rosto) desta HQ do português Bruno Borges, adaptada de um ensaio homônimo do anarquista norte-americano Bob Black, deixam seus objetivos bem claros. De acordo com Bruce Sterling, autor de Piratas de dados (1988), o trabalho de Black “é um dos documentos seminais do undeground dos anos 1980”.