Lançado originalmente há mais de duas décadas, em 1999, o longo romance do autor paraense volta a circular em um momento tristemente oportuno, em que a Amazônia — maior floresta tropical do mundo, rica em lendas e diversidade — sofre com o desmatamento e parece ignorada pelos governantes. Dividido em três partes, o romance narra o embate entre o arcaico e o moderno, colocando em evidência o caboclo e denunciando a forma que os indígenas acabaram submetidos a dois universos que se excluem. Entre esses mundos, todas as ambições e desesperanças de personagens diversos. “A crítica não economizou elogios e o vem considerando a maior revelação da literatura amazônica nos últimos anos. O entusiasmo se justifica. No intenso trabalho de escrever e aprimorar seu estilo, Sena conseguiu fugir dos estereótipos que cercam a Amazônia”, registrou o jornalista Oscar D’Ambrosio no extinto Jornal da Tarde, reiterando que se trata de uma leitura obrigatória aos que se interessam por essa rica região brasileira.