🔓 Crítica social e nonsense compõem livro infantil de Estevão Azevedo

Em “O dia em que meu prédio deu no pé”, um avô conta para a neta — por meio de carta — as andanças de um edifício de cinco andares
Estevão Azevedo, autor de “O dia em que meu prédio deu no pé”
23/07/2021

No livro infantil O dia em que meu prédio deu no pé, recomendado para crianças a partir de 4 anos, Estevão Azevedo mistura crítica social e humor nonsense ao contar uma história sobre a debandada dos edifícios.

Por meio de carta, um avô conta à neta o episódio fatídico: quando ele era pequeno, um prédio de cinco andares se libertou de suas vigas e saiu andando por aí. A partir desse acontecimento, o autor constrói uma história que, apesar de cômica, guarda algumas críticas sociais.

A coisa fica feia quando o Museu Nacional, a Igreja do Bonfim e o Teatro do Amazonas também decidem ir embora. E imagine só o que aconteceria se um condomínio de luxo resolvesse partir?

“Neste livro, não são as pessoas que desistem do Brasil, é a própria civilização, representada pelo prédio, um símbolo da modernidade”, reflete o autor, cuja obra é ilustrada pelo paranaense Rômolo D’Hipólito.

Mestre em Literatura pela USP e editor, Estevão Azevedo é autor de Nunca o nome do menino (2008), O corpo erótico das palavras (2019) e Tempo de espalhar pedras (2014), eleito Livro do Ano pelo Prêmio São Paulo de Literatura. Seu livro infantil, O dia em que meu prédio deu no pé, nasceu a partir de uma exclamação de sua filha: “Papai, os prédios fugiram do Brasil!”.

O dia em que meu prédio deu no pé
Estevão Azevedo
Ilustrações: Rômolo D’Hipólito
Companhia das Letrinhas
40 págs.
Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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