Memórias, fotografias e ficção se combinam no romance Bicho geográfico, de Bernardo Brayner. “É um livro sobre a ausência, sobre o que a memória e a ficção podem alcançar como reconstrução de uma vida, como preenchimento de vazios, de esquecimento”, explica o autor.
Na narrativa, permeada por registros antigos, Brayner discute temas como tempo, morte, velhice e sonhos — em um momento político-social, ainda segundo o autor, que governos de extrema direita promovem um apagamento do que passou.
“Bicho geográfico é um livro que nos oferece uma vasta condensação de materiais evocados, com seus lindos lugares de retorno, tão dolorosos quanto libertadores”, escreve José Luiz Passos no prefácio do livro.