Estão abertas as inscrições para a quarta edição do “Concurso de Ensaísmo serrote”, promovido pela revista de ensaios do Instituto Moreira Salles (IMS). As inscrições podem ser feitas no site até 1 de agosto. A seleção tem como principal objetivo estimular a produção de ensaios em língua portuguesa.
Serão selecionados três autores com textos inéditos. O primeiro colocado receberá R$ 10 mil, o segundo, R$ 7 mil, e o terceiro, R$ 4 mil. Os ensaios contemplados também serão publicados na edição da revista que sai em novembro de 2021.
Segundo a organização do prêmio, o concurso é uma “forma de enfrentar o autoritarismo, o compromisso com o debate intelectual livre e a ousadia de reflexão, elementos importantes do ensaio, gênero de não ficção a que a revista se dedica desde 2009”.
Os ensaios, de até 30 mil caracteres (contando espaços, notas e referências), devem ser inteiramente inéditos até o anúncio do resultado. A temática é livre. Cada inscrito pode enviar apenas um ensaio. Não serão aceitos textos com mais de um autor.
Os ensaios serão apreciados sem que o júri saiba a identidade do autor, que só será revelada aos envolvidos depois de finalizada a seleção. A comissão responsável pela avaliação dos originais será anunciada futuramente no site e nas redes sociais da revista e do IMS.
Vencedores das edições anteriores
No ano passado, o concurso premiou a multiartista Maria Lucas, pesquisadora no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) e mestra em artes da cena (ECO-UFRJ). No ensaio Próteses de proteção, a autora escreve sobre o lugar dos corpos trans na sociedade a partir de suas experiências durante a pandemia de covid-19.
A edição de 2020 também selecionou o escritor Evandro Cruz Silva pelo texto Orfeu enfrenta o genocídio negro. O artigo cria um diálogo entre o filme Orfeu negro, de Marcel Camus, e o livro O genocídio do negro brasileiro, de Abdias Nascimento. O terceiro vencedor foi Raphael Grazziano, doutor pela FAU-USP. Em Baltimore, ainda, ele investiga o modelo de revitalização das cidades, desigual e excludente, que foi engendrado nos EUA dos anos 1970 e replicado nas décadas seguintes ao redor do mundo, inclusive no Brasil.